Ato simbólico encerrará travessia de balsas no São Raimundo, em Manaus

 

Cerimônia marcará o fim dos serviços na terça-feira (25).
Balsas operantes no São Raimundo serão transferidas para a Ceasa.

Héveny Bandeira Do G1 AM

Balsa e Ponte sobre o Rio Negro (Foto: Alex Pazuello/Divulgação/Agecom)

Após 35 anos, a travessia de balsas de Manaus para o município de Iranduba, no Porto do São Raimundo, encerra os serviços de transporte fluvial na área. Uma travessia simbólica, a partir das 9h dessa terça-feira (25), dia da desativação pela Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Amazonas (SNPH), irá marcar o fim das atividades.

Na cerimônia, seis balsas que operam no São Raimundo, de propriedade do Governo Estadual, sairão em comboio percorrendo o trajeto até Iranduba e depois retornando a Manaus. O ato aberto ao público contará com a presença de funcionários aquaviários em atividade.
A SNPH ressalta que na despedida todos farão a travessia sem veículos. "As balsas não irão aportar, elas farão um retorno nas proximidades do Cacau Pirêra, um trajeto com duração de 1h20min, no máximo', disse o representante do órgão, Marinaldo Matos.

Ao longo dos anos, a travessia de balsa foi a única alternativa para o escoamento da produção do setor primário, o trânsito de mercadorias e o deslocamento da população entre Manaus e os municípios da margem direita do Rio Negro. Por mês, cerca de 100 mil pessoas faziam a travessia, conforme estimativa da SNPH.

Todas as balsas que fazem a travessia Manaus–Iranduba vão operar normalmente até a noite do dia 24 de outubro. A última travessia com saída do Porto do São Raimundo ocorrerá às 23h30, com saída de Manaus. E outra balsa saíra do Cacau Pirêra, no mesmo horário.
Desativação
A partir da inauguração da Ponte Sobre o Rio Negro, que ocorrerá no dia 24 de outubro, cinco das seis balsas operantes no São Raimundo serão transferidas para a Ceasa e uma para o porto de Nova Olinda do Norte.

Na terça-feira (25), a partir das 6h o tráfego de veículos na Ponte deverá estar liberado. Com a nova travessia o tempo de viagem reduzido e com isso deverá melhorar o escoamento da produção entre a capital e municípios do interior do estado.

Atualmente, caminhões ficam em média cinco horas em espera nas filas. O setor oleiro, por exemplo, é um dos mais prejudicados durante o transporte do material realizado em balsas. Para muitos empresários, a ponte representa rapidez no transporte e corte nos custos.