(Marcelo Jabulas)
Lançado em 24 de abril de 1973, o Chevrolet Chevette marcou a entrada da General Motors no segmento de compactos no Brasil. Até então, basicamente a Volkswagen atuava no segmento com o Fusca e seus derivados (Variant, Brasília, TL e “Zé do Caixão”).
Derivado do Opel Kadett, vendido na Europa, o Chevette se posicionou abaixo do Opala e ficou em linha até novembro de 1993, com 1,6 milhão de unidades produzidas. E apesar de ter sido descontinuado há 30 anos, o “chevas” ainda tem um mercado cativo.
O modelo figura entre os mais vendidos da plataforma OLX, que produziu um levantamento sobre ele. “O Chevette é um ícone dos sedãs no Brasil e nosso estudo mostra que ele tem grande procura e comercialização entre os clássicos por meio da OLX, uma das principais plataformas do País no varejo online de veículos”, destaca o vice-presidente de Autos e Comercial da OLX, Flávio Passos.
Segundo a plataforma, o valor médio do Chevette negociado gira em torno de R$ 11 mil. Com tantas versões e tanto tempo em linha, o sedã se segmentou pelo ano de produção. A “safra” mais procurada é a de ano 1975, seguida por unidades produzidas em 1993 e 1989.
O “dossiê” do Chevette ainda aponta que a cor mais procurada é a prata, mas unidades de tonalidade azul e branca também têm boa procura. Demograficamente, a terra do Chevette é São Paulo: é o mercado com maior procura e negócios fechados. Minas Gerais é o Estado com a segunda maior busca pelo Chevrolet, mas é o quarto em número de transações.
Curiosidades do Chevette
O Chevette foi lançado com motor 1.4 e transmissão de quatro marchas. O problema é que essa caixa invariavelmente apresentava problema. Certa vez, um ex-executivo da GM explicou que o problema era a frequência de vibração provocada na caixa. Uma combinação de inúmeros fatores, que faziam a transmissão trepidar provocando fadiga do metal até a quebra.
A solução da GM foi instalar a caixa do Opala, em 1982, quando o modelo chegou à segunda geração.
Junto da transmissão, o Chevette também ganhou novo motor 1.6 de 80 cv. É por isso que o túnel central do sedã é tão largo.
A
segunda geração ficou conhecida como “Monzinha”, devido à semelhança
com o Monza, que também tinha sido apresentado em 1982. O modelo ainda
ganhou três derivações: hatch, perua (Marajó) e picape (Chevy 500).
Em
1992, na onda do carro popular, a GM lançou o Chevette Junior, com
motor 1.0 de 50 cv e esquálidos 7,2 kgfm de torque. Com todo esse
“vigor”, o modelo demorava 21,6 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h e
não passava dos 131 km/h. Certamente, o Junior não é um dos mais
cotados.
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