Mariana Muniz
O Globo
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira o novo pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. No habeas corpus apresentado à Corte nesta quarta-feira, a defesa do ex-ministro argumentou que houve piora do seu risco de saúde, em especial do quadro psíquico, com aumento do risco de suicídio.
Na segunda-feira, a Polícia Federal adiou o depoimento do ex-secretário de Segurança Pública do DF devido ao “agravamento do quadro de saúde psíquico” dele. Um laudo atestou que Torres sofreu uma piora no quadro depressivo após Alexandre de Moraes decidir mantê-lo preso, na semana passada.
LAUDO MÉDICO – Os advogados Eumar Novacki e Edson Smaniotto questionaram a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que, na semana passada, manteve a prisão de Torres, mesmo com o posicionamento do Ministério Público Federal para soltá-lo. No pedido da defesa apreciado pelo MPF, já havia um laudo médico de 10 de abril com informações de que o preso teve aumento de crises de ansiedade, choro e perda de peso.
Os criminalistas citaram a jurisprudência do STF de não rever decisões monocráticas de seus magistrados, mas pediram que “as peculiaridades da situação concreta” fizessem com que esse entendimento fosse superado, até porque o “objetivo principal” do presente habeas corpus “é a proteção da vida do paciente”.
Barroso citou exatamente este argumentos de que a jurisprudência do STF não permite a interposição de habeas-corpus contra decisão de outro magistrado da Corte.
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