BLOG ORLANDO TAMBOSI
O
vírus foi fabricado e se espalhou por causa de dois acidentes de
laboratório, mas as autoridades comunistas acobertaram a doença no
início, diz comissão americana. Vilma Gryzinski:
O
dia 24 de fevereiro de 2020 tornou-se uma data importante na China,
mesmo que o resto do mundo não tivesse prestado atenção na época. Foi
nesse dia que Yusen Zhou, professor da Academia Militar de Ciências
Médicas, registrou a patente de uma vacina contra a Covid-19.
O
registro é considerado pela Subcomissão de Saúde do Senado americano,
que produziu um documento de 304 páginas sobre a doença, como um indício
forte de que o governo chinês ocultou a erupção da epidemia porque,
dizem os especialistas consultados, qualquer vacina demoraria no mínimo
de dois a três meses para ser desenvolvida ou adaptada. Ou seja, o
processo iniciado pelo professor Yusen Zhou teria que ter começado em
novembro. A epidemia só foi anunciada ao mundo em dezembro.
Outras
conclusões: foi mesmo não apenas um, mas dois vazamentos acidentais no
Instituto de Virologia de Wuhan que provocaram a morte de 6,8 milhões de
pessoas no mundo, das quais mais de 700 mil no Brasil. O laboratório
tinha tantos problemas que cientistas de Wuhan registraram treze
patentes para melhorar a biossegurança ao longo dos seis meses
anteriores à eclosão.
Pesquisadores
do instituto vendiam animais usados no laboratório para abate em
mercados é outra estarrecedora conjectura do relatório. Embasamento: em
média, 29 gatos civetas, hospedeiros confirmados da epidemia de Sars em
2003 e usados em pesquisas no instituto, foram vendidos nos dezessete
mercados de Wuhan que ofereciam animais silvestres vivos para abate na
hora, um hábito alimentar chinês.
É
possível garantir que os animais vinham do laboratório? A evidência é
indireta: em 3 de janeiro de 2020, um professor da Universidade Agrícola
da China, em Pequim, foi condenado por corrupção decorrente da venda de
animais usados em experiências de laboratório.
“Este
relatório é um desdobramento crucial para chegar ao fundo das origens
da Covid-19 e expor os engodos dos que tentaram esconder como essa
pandemia começou”, disse o senador Roger Marshall, um médico republicano
que participou da investigação realizada ao longo de dois anos.
“Uma
preponderância de evidências nesse relatório sugere que houve dois
vazamentos diferentes e não intencionais datando de 2019 no laboratório
de Wuhan, com evidências significativas de que a Covid-19 foi produto de
um vírus criado e alterado em laboratório”.
“Precisamos
entender o que aconteceu para que não aconteça de novo. A China teve as
oportunidades de desmentir todos os relatórios referentes à origem da
Covid-19, mas não fez e não fará isso”.
“Ela
estava respondendo ao coronavírus meses antes de que o mundo sequer
soubesse da sua existência, mas não informou a comunidade global sobre o
desastre que se avizinhava”.
São
acusações pesadíssimas, embora as hipóteses já circulem há um bom
tempo. Como nos filmes de crimes levados a julgamento sem provas
materiais, as evidências são circunstanciais uma vez que não houve,
obviamente, acesso às fontes primárias.
Uma
delas: em 18 de setembro de 2019, autoridades públicas fizeram um
exercício simulado no aeroporto internacional da cidade no qual os
participantes tinham que identificar e isolar um passageiro contaminado
por uma nova cepa de coronavírus.
O
relatório dá como início provável da epidemia na China que se espalhou
pelo mundo o período entre 28 de outubro e 10 de dezembro, quando
diplomatas americanos anotaram a ocorrência, em Wuhan, de um “surto
especialmente pernicioso” do que achavam ser gripe e imagens feitas por
satélites registraram o aumento no movimento de hospitais da cidade. Um
levantamento de pedidos de ajuda médica feitos por redes sociais,
relatando sintomas similares aos da Covid, mostrou um pico no período de
dezembro de 2019 a janeiro de 2020 em torno de duas universidades de
Wuhan.
Os
dois episódios de vazamento mencionados pelo senador Marshall,
separados por duas semanas, são baseados em pequenas diferenças
genéticas na primeira onda do vírus. Uma das fontes especuladas estaria
em centrífugas do laboratório, nas quais “uma falha mecânica
catastrófica pode produzir não apenas aerossóis, mas fragmentos
contaminados que resultariam em danos traumáticos para funcionários”.
Segundo o senador Marshall, o mapa da origem do vírus foi apagado.
Quando
um vírus tem origem natural, ele deixa um rastro. Mas o novo
coronavírus “não tem um primo, não tem um avô”. O motivo é que “foi
feito em laboratório e o verdadeiro primo, o verdadeiro pai estão no
banco de DNA desse laboratório; são eles o revólveres fumegantes, as
testemunhas que a máfia do ganho de função destruiu”.
Em
fevereiro último, um relatório do Departamento de Energia, responsável
pela supervisão dos laboratórios de pesquisas nos Estados Unidos e em
países onde há programas de colaboração, já havia concluído pela tese do
vazamento não intencional do vírus, mas deixava em dúvida se o vírus em
si havia sido produzido artificialmente.
Publicamente,
as agências de inteligência americanas, que têm os meios para saber
muito mais do que qualquer outro organismo do planeta, continuam
“divididas” sobre a origem do vírus, natural ou vazada de laboratório.
Pode ser verdade, pode ser plantação, uma forma de não bater o martelo, o
que levaria a opinião pública a exigir uma reação do governo num
momento de alta tensão.
Um
possível conflito com a China ou pelo menos uma ruptura de relações
decorrente, na hipótese mais plausível, de uma intervenção em Taiwan, é
uma hipótese nada remota para as autoridades americanas. Os laços
comerciais entre os dois países responsáveis por uma profunda
dependência mútua (os Estados Unidos importaram 575 bilhões de dólares
da China no ano passado, quase o dobro das importações totais do
Brasil), não garantem mais que não haverá essa catastrófica ruptura.
O
governo de Joe Biden está correndo para cobrir áreas estratégicas de
importância existencial, como a fabricação de semicondutores, os chips
que movem o mundo, hoje com uma produção anormalmente concentrada em
Taiwan. Também precisa equilibrar a deficiência em terras raras, matéria
prima vital cuja produção e processamento a China domina, embora hoje
em proporção na faixa de 70% (já foi 90%).
Estes
são alguns dos elementos num jogo em que se disputa o futuro do planeta
e da ordem mundial vigente. Não são, obviamente, para amadores e
falastrões que tolamente se comprometem com posições que não precisariam
assumir. Mesmo que estejam torcendo para os vilões que esconderam o
quanto sabiam sobre uma epidemia que já se aproxima dos sete milhões de
vítimas.
Postado há 1 week ago por Orlando Tambosi
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