MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Novo Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa chega para trazer escala à Meta 2 na COP de Biodiversidade

 


Planaveg será lançado no próximo dia 28 na COP16 e reafirma a meta brasileira de restaurar 12 milhões de hectares de vegetação nativa em todo o país até 2030

A edição revista do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg) chega com a responsabilidade de assegurar que a segunda das 23 metas acordadas no Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal, que determina a restauração de pelo menos 30% das áreas degradadas no mundo, seja cumprida no Brasil. O novo texto será apresentado no próximo dia 28 na COP 16, que acontece em Cali, na Colômbia.
 

Seis anos após a primeira edição (2017), a atualização do Planaveg para o período 2025-2028 envolveu oito ministérios, governos subnacionais, redes e coletivos biomáticos, movimentos sociais e setor privado, e em um processo estruturado de consulta e deliberação no âmbito da Conaveg - Comissão Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa, liderado pelo Departamento de Florestas da Secretaria de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
 

A União pela Restauração, composta por The Nature Conservancy (TNC), Conservação Internacional (CI-Brasil), WRI Brasil e WWF-Brasil, ao lado do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, desempenharam um papel fundamental neste processo, participando efetivamente no desenvolvimento de políticas públicas para orientar ações de restauração no país.
 

O documento reafirma a meta do Brasil de restaurar 12 milhões de hectares em todo o país até 2030 e destaca o viés socioeconômico da recuperação da vegetação nativa. Para isso, estratégias de fomento a todos os elos da cadeia produtiva, de ampliação e otimização do fluxo de investimento e de instrumentos financeiros, pesquisa e inovação e de consolidação de monitoramento que garanta transparência à meta são fundamentais. Mais um importante passo na agenda da biodiversidade e do clima.
 

Por um lado, com passivo ambiental de 14 milhões de hectares, equivalente a quase três vezes o território do Estado do Rio de Janeiro, sendo 72% em terras privadas, a Amazônia representa o maior potencial de escala no plantio de vegetação nativa para o país honrar os compromissos climáticos no Acordo de Paris. Por outro lado, a Mata Atlântica é o bioma brasileiro mais degradado e que reúne a maior parte da população e PIB do país, além de ser o que mais concentra ações e expertise em restauração no Brasil. Os dados são do documento final do novo Planaveg, que chega na COP16 com grandes expectativas, em um momento em que o Brasil tem potencial para assumir a agenda de biodiversidade mundial.
 

“O desafio agora é colocar em prática tudo que está no papel. Para isso, nós dependemos da união do setor privado, público, sociedade civil e da academia, para que possamos não apenas construir, mas sobretudo implementar modelos sólidos de governança que aterrissam o Planaveg no chão”, destaca Rubens Benini, líder da Estratégia de Restauração Florestal da TNC Brasil e representante da sociedade civil na Comissão Nacional para Recuperação da Vegetação Nativa (Conaveg).
 

O Planaveg é resultado da colaboração entre os setores privado, público, sociedade civil e academia, que juntos reuniram no documento três pilares essenciais para a restauração florestal brasileira: Governança, Mecanismos Financeiros e Monitoramento.

  1. Governança e arranjos de implementação: diretrizes para implementar o plano em territórios específicos, como bacias hidrográficas e municípios, no qual aponta modelos de gestão e governança considerando a participação de distintos setores, incluindo os coletivos de restauração, como o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, entre outros;
  2. Mecanismos financeiros: com o objetivo de garantir investimentos e viabilizar a restauração em larga escala, bem como otimizar o fluxo de investimento em territórios prioritários;
  3. Monitoramento e inteligência territorial: traz soluções inovadoras para expandir e otimizar o monitoramento de territórios, por exemplo. Com o apoio de tecnologias de sensoriamento remoto e articulações com plataformas já existentes, o plano propõe a criação de uma plataforma nacional de monitoramento.

“Ações e projetos que visam a escalada da restauração por meio de uma gestão integrada da paisagem são fortes aliados nesse desafio, pois potencializam as metas brasileiras de biodiversidade e clima, alinhando-se diretamente com as necessidades globais. O alcance de resultados efetivos passa pelo fortalecimento de políticas nacionais e subnacionais e pela inclusão das comunidades locais, que desempenham um papel essencial na conservação da biodiversidade.”, conclui Laura Lamonica, representante da União pela Restauração (U4R).


SERVIÇO:

Evento: LANÇAMENTO OFICIAL DO PLANAVEG (Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa) 2025-2028

Data: 28 de outubro (HOJE)

Horário: 11h às 12h30 (horário de Brasília)

Local: Espaço Brasil, Pavilion #3, Plaza 2, COP16 (Zona Azul)

Transmissão: O evento contará com tradução simultânea, disponível via aplicativo para participantes presenciais, e será transmitido ao vivo pelo canal oficial do MMA - link direto para a transmissão.

Para mais informações: Link (transmissão ficará salva na página)


SOBRE AS ORGANIZAÇÕES ENVOLVIDAS
 

União pela Restauração- U4RLançada na COP 26, em 2021, a União pela Restauração (U4R) visa acelerar a recuperação de paisagens e florestas no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento local, a conservação da biodiversidade e a oferta de serviços ecossistêmicos essenciais à manutenção da vida no planeta. Formada pela Conservação Internacional (CI-Brasil), The Nature Conservancy (TNC Brasil), World Resources Institute (WRI Brasil) e o WWF-Brasil, o movimento foi um dos articuladores para a candidatura e eleição da Mata Atlântica como uma das 10 iniciativas de referência da Restauração Mundial (‘flagship’ em inglês) da Década da ONU da Restauração de Ecossistemas. Com destaque para a mobilização de recursos internacionais, a União pela Restauração busca a mobilização e articulação de esforços para avançarmos com a restauração em escala, visando também a governança estruturada e redes fortalecidas.
 

IIS – O Instituto Internacional para Sustentabilidade é uma organização privada brasileira sem fins lucrativos cuja missão é desenvolver soluções transformadoras para um mundo sustentável, com base na Ciência e outros saberes. Promovemos impacto positivo em políticas públicas, modelos de negócio e tomada de decisão junto a governos, empresas, organizações multilaterais e da sociedade civil. Acesse nossas redes sociais: Instagram e LinkedIn, além de nossa plataforma PLANGEA Web para conferir áreas prioritárias para restauração e conservação no Brasil e no mundo.

Coalizão Brasil – A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento composto por mais de 400 organizações, entre entidades do agronegócio, empresas, organizações da sociedade civil, setor financeiro e academia. A rede atua por meio de debates, análises de políticas públicas, articulação entre diferentes setores e promoção de iniciativas que contribuam para a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

TNCA The Nature Conservancy (TNC) é uma organização de conservação ambiental dedicada à proteção das terras e águas das quais toda a vida depende. Guiada pela ciência, a TNC cria soluções locais inovadoras para os principais desafios do mundo, de forma que a natureza e as pessoas possam prosperar juntas. No Brasil, onde atua há 35 anos, o trabalho da TNC concentra-se em solucionar os complexos desafios de conservação da Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica a partir de uma abordagem sistêmica, com foco na implementação e geração de impacto, para mitigar as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade. A TNC Brasil atua em cooperação com a TNC Global, organização que trabalha em 81 países e territórios – 40 por impacto direto na conservação e 41 por meio de parceiros –, utilizando uma abordagem colaborativa, que envolve comunidades locais, governos, setor privado e a sociedade civil. Saiba mais em nosso site e nos siga no LinkedIn e Instagram.

CI-Brasil – A Conservação Internacional usa ciência, política e parcerias para proteger a natureza da qual as pessoas dependem para obter alimentos, água doce e meios de subsistência. Desde 1990 no Brasil, a Conservação Internacional trabalha em mais de 30 países em seis continentes para garantir um planeta saudável e próspero, que sustenta a todos.


WWF-Brasil – O WWF-Brasil é uma ONG brasileira que há 28 anos atua coletivamente com parceiros da sociedade civil, academia, governos e empresas em todo país para combater a degradação socioambiental e defender a vida das pessoas e da natureza. Estamos conectados numa rede interdependente que busca soluções urgentes para a emergência climática.

WRI Brasil – O WRI Brasil um instituto de pesquisa que trabalha em parceria para gerar transformação. Atua no desenvolvimento de estudos e implementação de soluções para que as pessoas tenham o essencial para viver, para proteger e restaurar a natureza, pelo equilíbrio do clima e por comunidades resilientes. Alia excelência técnica à articulação política e trabalha com governos, empresas, academia e sociedade civil. O WRI Brasil faz parte do World Resources Institute (WRI). Fundado em 1982, o WRI conta com cerca de 1,7 mil profissionais pelo mundo, com escritórios em Brasil, China, Colômbia, Índia, Indonésia, México e Estados Unidos, além de escritórios regionais na África e na Europa.


Informações para a imprensa com a equipe
 The Nature Conservancy (TNC) Brasil

Erika Sarinho | erika.sarinho@fsb.com.br | +55 11 98183-0361

Lorena Nunes | lorena.nunes@fsb.com.br | +55 61 9166-4001

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