De
acordo com os dados da Organização Mundial de Gastroenterologia, 20% da
população apresenta algum problema intestinal. O estudo indica ainda
que 90% das pessoas acometidas não procuram o devido atendimento e
tratamento.
Dessa
forma, mesmo sendo um exame bastante seguro e até bem comum, a
endoscopia gástrica alta ou esofagogastroduodenoscopia ainda gera muitas
dúvidas nas pessoas. Feito por meio de um tubo flexível chamado
endoscópio, o procedimento é voltado ao diagnóstico e tratamento de
problemas do trato digestivo.
O Responsável Técnico do AmorSaúde,
Dr. Alexandre Pimenta, salienta que, por meio da endoscopia, não é
possível verificar os demais órgãos, somente aqueles ligados ao trato
digestivo. “A endoscopia é utilizada para estudar a região do esôfago, do estômago e até a segunda porção intestinal”, sinaliza.
Como é feita a endoscopia digestiva?
O
profissional explica que a endoscopia é um procedimento simples e
seguro aos pacientes. Ele esclarece um dos mitos mais comuns: se há ou
não dor durante o procedimento. “Existe esse tipo de alegação, mas, não,
o exame não é dolorido. Atualmente a endoscopia é realizada por meio de
um tubo muito fino. Uma anestesia tópica é aplicada na região oral
acompanhada de uma sedação superficial”, detalha.
O
exame é usado para a visualização do esôfago, do estômago e do duodeno,
a porção inicial do intestino delgado. Na maior parte dos casos, as
lesões identificadas podem ser retiradas na hora, evitando uma cirurgia e
contribuindo para uma rápida recuperação dos pacientes. “Essa biópsia
coleta um segmento muito pequeno do estômago, milimétrico, que, em um
microscópio, ganha uma projeção grande e permite diagnósticos”, pontua o
Dr. Alexandre.
O
endoscópio, tubo com uma câmera em sua ponta, é inserido na boca do
paciente sedado e capta imagens do trato digestivo do paciente,
incluindo esôfago, estômago e intestino.
Endoscopia: indicações do exame
Por meio da endoscopia, o médico responsável pode diagnosticar doenças como gastrite
nervosa, esofagite e úlceras, além de sangramentos, estreitamentos e
outras irritações, além de infecções na mucosa gastrointestinal.
Outro
importante diagnóstico é o de cânceres. Conforme o Instituto Nacional
do Câncer (INCA), para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é estimado um
número de 21.480 casos no estômago. Em relação ao de esôfago, a
projeção é de 10.990 casos. Estes dados realçam a importância de exames
como a endoscopia, sobretudo por conta de seu caráter preventivo.
Contudo,
o exame não serve somente para diagnósticos, mas também para
acompanhamentos. Por meio da endoscopia, é possível verificar a evolução
de determinadas doenças já existentes, como úlceras ou cirrose.
Eventualmente,
o procedimento pode ser aplicado para o tratamento de hemorragias,
pequenos tumores e pólipos, e para facilitar a colocação de sondas
gástricas, usadas na alimentação de alguns pacientes.
Quando deve ser feito o exame
Para
solicitar o procedimento, é preciso que haja a recomendação médica.
Nesse sentido, o profissional vai investigar os sintomas que podem
preceder o momento da endoscopia para atestar, de fato, sua necessidade.
Em geral, pacientes podem apresentar quadros como:
- Azia e queimação no estômago;
- Dores abdominais;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Dificuldade e dor ao engolir;
- Hemorragias;
- Presença de sangue nas fezes ou no vômito;
- Anemia;
- Emagrecimento rápido e sem motivo aparente.
Se
você apresenta algum desses sintomas, o melhor é não ignorar e sim
consultar um médico para avaliar a necessidade de uma endoscopia e
cuidar da sua saúde digestiva.
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