Nesta segunda-feira (28/10) foi noticiada a informação de que Eduardo Suplicy, ex-senador e ex-deputado federal por São Paulo, recebeu o diagnóstico em julho deste ano e está em tratamento de um linfoma não Hodgkin. Esse tipo de câncer afeta as células do sistema linfático, responsável por transportar por meio de vasos e linfonodos o líquido presente nos espaços teciduais de volta para o sangue.
Suplicy está sendo tratado com imunoterapia pelo médico hematologista Dr. Celso Arrais, membro da diretoria da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), sociedade científica que representa médicos especialistas em doenças do sangue. A doença ocorre em crianças, adolescentes e adultos, porém, é mais comum entre pessoas com mais idade. Suplicy tem 83 anos.
Embora seja considerada uma doença rara, o linfoma não Hodgkin é agressivo e, por ter sido diagnosticado precocemente, o tratamento tem mais chances de ser bem sucedido. De acordo com dados da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), de modo geral, as chances de cura são em média de 60% a 70%.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam 12.040 novos casos de linfoma não Hodgkin a cada ano do triênio 2023-2025 no Brasil, sendo 6.420 casos em homens e 5.620, em mulheres. Além disso, apenas em 2020 aconteceram 4.357 óbitos por linfoma não Hodgkin no País.
Linfoma não Hodgkin - Segundo especialistas da ABHH, esse tipo de câncer no sangue compreende dezenas de diferentes neoplasias, mas que tem como característica em comum sua origem nos linfócitos, células presentes no sistema linfático, e o fato de as células cancerígenas se espalharem de maneira não ordenada. O principal sintoma é o aparecimento de caroços nos gânglios linfáticos, em regiões como o pescoço, a virilha e a axila.
São fatores de risco, o sistema imune comprometido devido a doenças genéticas hereditárias, transplante de órgãos, doenças autoimunes ou infecção pelo vírus HIV, uso de drogas imunossupressoras, presença do vírus Epstein-Barr (EBV), do vírus linfotrópico de células-T humanas do tipo 1 (HTLV-1), ou da bactéria H. pylori. Também há riscos ambientais associados à exposição a substâncias químicas (pesticidas, benzeno), radiação ionizante e radiação ultravioleta.
O diagnóstico é realizado pela biópsia do tecido comprometido e por exames complementares. Atualmente, além da imunoterapia, são opções de tratamento, conforme critérios como a agressividade da doença, a quimioterapia, a radioterapia e o transplante de medula óssea. Ademais, a terapia com células CAR-T vem sendo testada em pesquisas de caráter experimental para o linfoma difuso de grandes células B, um dos tipos de linfoma não-Hodgkin.
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