O
Brasil se destaca no mundo por possuir recursos naturais e por seu
potencial para produzir energia elétrica de forma limpa e renovável, tornando-se
líder na produção de energia sustentável. Ao investir nesse tipo de
energia, o país, além de contribuir com o desenvolvimento e fomentar um
modelo mais eficiente e sustentável, busca alcançar os compromissos
assinados no Acordo de Paris, em que se compromete a reduzir as emissões de gás de efeito estufa em 43% até 2030.
O
setor energético brasileiro conta com diversas fontes para a geração de
energia renovável. Uma delas são as Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCHs). Com potências instaladas entre 5 MW e 30 MW, essas usinas
desempenham um papel fundamental na matriz energética do país, não só
por otimizarem o sistema de transmissão, reduzindo perdas, mas também
por oferecerem uma solução eficaz para a intermitência das fontes
renováveis. Além disso, contribuem para o desenvolvimento econômico das
regiões onde estão inseridas, para a regularização das vazões dos rios, e
utilizam uma tecnologia 100% nacional.
As
PCHs são usinas hidrelétricas de pequeno porte, autorizadas pelo
Ministério de Minas e Energia por um período de 35 anos, com a
possibilidade de reversão dos bens à União após esse prazo. Desde a sua
identificação até a operação, as PCHs são fortemente reguladas pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), garantindo a segurança e
eficiência dos empreendimentos. Possuem uma vida útil que pode
ultrapassar 100 anos, garantindo a geração de energia de qualidade por
um longo período.
Essa
fonte de energia possui algumas características importantes para o
país, entre elas a de gerar energia limpa e renovável a um baixo custo
para o consumidor. Assim como as fontes eólicas e fotovoltaicas, as
hidrelétricas utilizam recursos naturais renováveis, mas se diferenciam
por fornecer energia de forma contínua, respondendo melhor às demandas
de consumo. Além disso, implantam, mantêm e protegem as áreas de
preservação permanente (APPs) ao redor de seus reservatórios,
contribuindo para a conservação do meio ambiente. Outro fator importante
é que as PCHs diminuem a necessidade de usinas térmicas, que são mais
poluentes e custosas, aumentando a eficiência e sustentabilidade do
sistema elétrico.
No
âmbito socioambiental, as PCHs não consomem água, apenas utilizam o
recurso hídrico disponível para gerar energia, devolvendo-o
integralmente ao curso do rio. Além disso, destaca-se a geração
descentralizada de energia, próxima aos centros de consumo, reduzindo a
necessidade de investimentos em longas linhas de transmissão,
resultando em menores custos para o consumidor. Ainda se destaca que
estudos da ANEEL mostram que municípios com empreendimentos
hidrelétricos têm um aumento significativo no Índice de Desenvolvimento,
Humano (IDH), além de incentivar o desenvolvimento regional, gerando
empregos e arrecadação de impostos durante a fase de construção e
operação.
São Desidério A
PCH Santa Luzia, em construção na cidade de São Desidério, no estado da
Bahia, é um exemplo dos benefícios das Pequenas Centrais Hidrelétricas.
Com uma produção média de energia de aproximadamente 80.000 MWh/ano, a
PCH Santa Luzia tem capacidade para atender mais de 40 mil residências. A
empresa detentora da outorga de autorização para a construção e
operação da PCH Santa Luzia é da região Nordeste e possui um genuíno
interesse no desenvolvimento da região, evidenciando o impacto positivo
das PCHs no desenvolvimento regional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário