| Cortes na geração das usinas renováveis somam cerca de R$ 1 bilhão e desperdiçam energia limpa e competitiva Carga tributária nas tecnologias de armazenamento supera 80% e dificulta suas aplicações no País
Setembro de 2024 - O
aumento na conta de luz dos brasileiros, anunciado pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com início em setembro da chamada
“bandeira vermelha patamar 2”, a mais cara no setor, poderia ser menor
se não fossem os cortes recorrentes nas usinas renováveis mais
competitivas. O aumento nas tarifas ocorre por conta da falta de chuvas e
acionamento de termelétricas fósseis, mais caras e poluentes, mas
também poderia ser aliviado pela redução dos impostos nas tecnologias de
armazenamento, capazes de aumentar a disponibilidade das fontes limpas.
A
avaliação é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
(ABSOLAR). Para a entidade, esse cenário acende um alerta para a
necessidade de reforçar o planejamento e os investimentos na
infraestrutura do setor elétrico, sobretudo em linhas de transmissão e
novas formas de armazenar a energia limpa e renovável, gerada em
abundância no País. “Para isso, é fundamental aplicar para as
tecnologias de armazenamento de energia elétrica o mesmo tratamento
fiscal utilizado para a fontes renováveis, pois a carga tributária sobre
baterias ultrapassa os 80% atualmente. O Brasil está dez anos atrasado
frente ao mundo no uso de baterias e isso prejudica o protagonismo do
País na corrida pela transição energética e pela consolidação de uma
economia cada vez mais robusta, competitiva e sustentável”, aponta
Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR. “Já em relação aos cortes de
geração renovável (constrained-off ou curtailment), eles são
determinados diretamente pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico
(ONS). Ou seja, os empreendedores não possuem controle e nem
responsabilidade sobre essas decisões, que já representam um desperdício
acumulado de energia limpa de cerca de R$ 1 bilhão nos últimos dois
anos. Trata-se de um grande contrassenso, pois o País aciona usinas mais
caras e poluentes, ao mesmo tempo em que restringe a geração solar e
eólica”, destaca Sauaia. Para a entidade, o uso da energia
solar e tecnologias de armazenamento pode aliviar a pressão sobre as
tarifas de energia elétrica e o consequente aumento na inflação, que
corrói o poder de compra das famílias e a competitividade dos setores
produtivos. “Neste cenário, a geração própria solar é uma das
melhores soluções para se proteger das bandeiras tarifárias e, assim,
aliviar o bolso dos brasileiros diante de uma escassez hídrica cada vez
mais frequente”, diz Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de
Administração da ABSOLAR. “A fonte solar é estratégica para a
diversificação da matriz elétrica e o crescimento econômico e
sustentável do País. Além de preservar os recursos hídricos, a solar é
líder na geração de empregos verdes e de qualidade”, acrescenta
Koloszuk. Sobre a ABSOLAR Fundada
em 2013, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR)
é a entidade do Brasil que reúne todos os elos da cadeia de valor da
fonte solar fotovoltaica e demais tecnologias limpas, incluindo
armazenamento de energia elétrica e hidrogênio verde. Com associados
nacionais e internacionais, de todos os portes, a entidade é fonte de
informação e articulação em prol da transição energética sustentável do
Brasil. Mais informações para a imprensa: Thiago Nassa (Mtb. 30.914) TOTUM Comunicação (11) 99544-4954 | |
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