No Brasil de 2011 a 2019 observou-se uma importante ampliação na proporção de novos casos confirmados
Foto: Foto: Divulgação/OMSTuberculose: Para a Organização Mundial da Saúde trata-se da doença infecciosa mais letal do mundo
Por Larissa Nunes
O dia 17 de novembro foi marcado pelo Combate à Tuberculose (TB), uma doença infecciosa e transmissível causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, que afeta prioritariamente os pulmões, mas também acomete outros órgãos e sistemas do corpo humano. Embora que a doença pode ser prevenida e curada, a desigualdade social e públicos considerados em condições de pobreza são uns dos fatores que contribui pela proliferação.
Na Bahia, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), nos últimos 12 meses foram diagnosticados 4.031 casos de tuberculose no estado, onde a faixa etária mais atingida é de 35 a 49 anos.
O relatório global da Organização Mundial da Saúde (OMS) deste ano apontou que devido à pandemia da Covid-19, o progresso global no combate à tuberculose houve um decrescimento, resultando pela primeira vez em mais de uma década, um aumento significativo pela doença.
Aproximadamente 90% das pessoas que adoecem com tuberculose a cada ano vivem em 30 países, incluindo o Brasil; a maioria das pessoas que desenvolvem a doença são adultos, onde os homens representaram 56% de todos os casos, as mulheres adultas 33% e crianças 11%, segundo a OMS. Muitos novos casos da doença são atribuídos a cinco fatores de risco: desnutrição, infecção por HIV, transtornos relacionados ao uso de álcool, tabagismo e diabetes.
No Brasil, segundo um boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, de 2011 a 2019, observou-se uma importante ampliação na proporção de novos casos confirmados por critério laboratorial, com pelo menos um resultado positivo nos exames de baciloscopia de escarro, Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB) ou cultura. Já em relação aos casos novos pulmonares, 71,9% desses foram registrados com confirmação laboratorial em 2020, sendo que 41,3% foram diagnosticados pelo TRM-TB.
“A tuberculose é uma doença ainda mais grave do que a Covid-19 devido não precisar muita aproximação para ter um contágio. Se estiver em um ambiente fechado onde uma determinada pessoa tossiu horas antes daquele local ser liberado, e o mesmo não for bem ventilado e arejado, as partículas da bactéria irão se espalhar havendo grandes chances de gerar uma contaminação”, pontuou a infectologista Clarissa Cerqueira.
Sintomas
O principal sintoma da tuberculose é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, é recomendado que todo sintomático respiratório, que é a pessoa com tosse por três semanas ou mais, seja investigada para a doença. Há outros sinais e sintomas que podem estão presentes, como: febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento, cansaço/fadiga.
Transmissão
A tuberculose é uma doença de transmissão aérea e ocorre a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), que lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos.
Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento, ela encontra-se muito reduzida.
O bacilo é sensível à luz solar, e a circulação de ar possibilita a dispersão de partículas infectantes. Com isso, ambientes ventilados e com luz natural direta diminuem o risco de transmissão.
Diagnóstico
Para o diagnóstico da TB são utilizados os exames bacteriológicos, como a baciloscopia, teste rápido molecular e cultura para micobactéria; e exames por imagem (exames complementares), a exemplo da radiografia de tórax.
O diagnóstico clínico pode ser considerado, na impossibilidade de se comprovar a tuberculose por meio de exames laboratoriais. Nesses casos, deve ser associado aos sinais e sintomas o resultado de outros exames complementares, como de imagem e histológicos.
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