A tese aqui desenvolvida é a de que se conhece melhor o “sujeito” desde o momento em que se desvenda o perfil moral dos inimigos que o combatem. Se esse perfil não condiz com os preceitos morais mais sadios ,evidentemente o alvo da “desqualificação” deve ser “absolvido”,e o demérito que lhe é atribuído transformado em mérito. Essa conclusão tem base na mesma lógica de que a verdade sempre está no lado oposto,é o “contrário”, do que diz ou escreve, um contumaz mentiroso.
Ora,certamente não se trata de nenhuma novidade a afirmação de que na política prevalece quase sempre mais a mentira do que a verdade. E essa política “mentirosa” no Brasil tem duas faces,as quais conseguiram polarizar as candidaturas presidenciais para outubro de 2022,nos nomes de Jair Bolsonoro,pelos conservadores,pela direita,e Lula da Silva,pela esquerda,pelos “progressistas”.
Apesar de assistir-lhe inteiramente razão quando critica a esquerda pelos males que causou ao Brasil enquanto governou,de 1985 a 2018,nos Governos de José Sarney,Fernando Collor/Itamar Franco,FHC,Lula da Silva e Dilma Rousseff/José Temer,,essa simples verdade não tem força suficiente para “absolver” e atribuir grandes méritos à gestão de Jair Bolsonaro,eleito em outubro de 2018. Aí se aplica na íntegra a história do “macaco que tem de primeiro olhar o próprio rabo, antes de olhar o rabo do vizinho”. Verdades na acusação não significam necessariamente absolvição dos atos e méritos de quem acusa.
Sinceramente,na minha opinião a bandeira “contra a corrupção” levantada pelo atual Presidente Bolsonaro não provém de nenhuma convicção,de um valor ético propriamente dito,porém muito mais de demagogia e discurso eleitoral,mera bandeira política,sem atentar,porém,para a história daquele “macaco”.
Mas infelizmente o baixo perfil moral dominante em praticamente todos os políticos e partidos do Brasil não servem como recomendação para que apresentem uma “terceira via”,como alternativa politica a Bolsonaro e Lula. Tudo “é farinha do mesmo saco”,como se diz.
Ora, pelas “cartas marcadas” da política para as eleições de 2022,parece não restar aos brasileiros outra alternativa que não a de escolher o seu novo Presidente da República pela pessoa em si,pelo seu currículo pessoal,pelo seu passado,e nunca só pelo “massacre” das maiores forças políticas na propaganda eleitoral paga pelo povo.
Nessas condições não me resta outra alternativa que não a de concluir que a única candidatura presidencial que pode apresentar alguma esperança de efetivas mudanças e honestidade governamental é a do ex-juiz Sérgio Moro,independentemente do partido que o apoiar,que conseguiu a proeza de unir “ferozmente”as forças políticas tanto Bolsonaro quanto de Lula contra a sua candidatura.
Na verdade o hipotético resultado das eleições de 2022 aqui ventilado,com vitória de Moro,talvez pudesse ser considerado um rompimento radical do povo brasileiro com a politicalha de baixo nível que os partidos,os políticos,a legislação ,e o sistema eleitoral comandado pelo TSE, lhe enfiaram “goela abaixo”,e da qual esse mesmo povo acabou se tornando refém,,consumindo só o lixo que o “establishment” lhe impõe como verdade. Porém “verdades” obscuras !!!
Qual a verdade? Moro foi traidor,ou traído?
Sérgio Alves de Oliveira/Advogado e Sociólogo
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