MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Ataque à Rádio Jovem Pan na CPI da Covid é apenas um injustificado ato de vingança

 


Augusto Nunes,, adversário de Lula, é uma das atrações

J.R.Guzzo
Gazeta do Povo

Processa-se praticamente em segredo, e sob a indiferença quase completa dos órgãos de comunicação, a pior agressão à liberdade de imprensa feita no Brasil por uma entidade oficial desde o fim da censura no governo militar. O autor do ataque é o senador Renan Calheiros, político com nove processos penais nas costas e hoje o herói da mídia nacional, desde que armou a “CPI da Covid” com o duplo propósito de fazer guerra ao governo Bolsonaro e, juntando o agradável ao útil, ocultar os verdadeiros crimes de corrupção cometidos durante o combate à epidemia.

O senador, como se noticiou, fez um requerimento para quebrar o sigilo bancário da Rádio Jovem Pan, desde o ano de 2018, sob a alegação de que a emissora publica “fake news” e, supostamente, se beneficia financeiramente disso – daí, pelo que deu para entender, o pedido de quebra do sigilo.

NÃO HÁ CRIME – Na verdade, trata-se de um ataque direto, grosseiro e mal-intencionado a um veículo de imprensa que não fez absolutamente nada contra a lei; seu único crime é recusar-se a aceitar a situação de submissão que a CPI de Renan e de seus associados exige hoje da imprensa e dos jornalistas brasileiros.

De que forma a Jovem Pan poderia ter publicado notícias falsas sobre a covid em 2018, quando não havia covid nenhuma em 2018? Mais ainda: quais são exatamente, uma por uma, essas notícias? E que raios as contas bancárias da rádio teriam a ver com “fake news”? A verdade é que nada disso tem qualquer contato, mesmo remoto, com a realidade dos fatos.

É vingança pura e simples de um político descontente com o noticiário publicado pela rádio sobre a CPI – uma voz quase isolada no oceano de obediência a Renan que a mídia brasileira adotou como regra de conduta desde a subida do senador ao papel de líder da esquerda e da oposição brasileiras.

EDITORES REAIS – Renan e seu grupo são hoje os principais editores do noticiário político deste país. Imagine-se, por um minuto, o escândalo desesperado que estaria havendo no Brasil e no mundo se o presidente Bolsonaro pedisse, por exemplo, a quebra do sigilo bancário da Rede Globo, ou qualquer outro dos seus inimigos na mídia.

Desde que está no Palácio do Planalto, e até agora, o presidente não quis quebrar o sigilo bancário de ninguém, e muito menos de um órgão de imprensa. Mas Bolsonaro é acusado por uma entidade de monitoramento de liberdades, em denúncia publicada recentemente com o completo aval da mídia brasileira, de ter cometido “464” atos de agressão à imprensa e aos jornalistas desde que tomou posse.

Quais? Nenhum que se compare ao ataque do senador contra a Radio Jovem Pan, com certeza? Não há o menor risco de que essa pergunta seja respondida um dia.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário