Os
Estados Unidos aunciaram nesta segunda-feira a conclusão da saída de
suas forças do Afeganistão após uma caótica missão de retirada aérea,
quase 20 anos depois da invasão do país em resposta aos ataques de 11 de
setembro de 2001. Mais de 122.000 pessoas foram retiradas de Cabul
desde 14 de agosto, um dia antes de o Taliban –que em 2001 abrigava o
grupo militante Al Qaeda, que foi responsabilizado pelos ataques em Nova
York e Washington– retomar o controle do país. O principal diplomata
dos EUA no Afeganistão, Ross Wilson, estava no último voo de um avião
C-17 dos EUA, disse o general Frank McKenzie, chefe do Comando Central
dos EUA, em uma coletiva de imprensa do Pentágono. A retirada aérea de
emergência chegou ao fim antes do prazo de terça-feira estabelecido pelo
presidente dos EUA, Joe Biden, que herdou um acordo de retirada de
tropas feito com o Taliban por seu antecessor Donald Trump e decidiu no
início deste ano concluir a retirada. Os Estados Unidos e seus aliados
ocidentais lutaram para salvar cidadãos de seus próprios países, bem
como tradutores, funcionários de embaixadas locais, ativistas de
direitos civis, jornalistas e outros afegãos vulneráveis a represálias
do Taliban. As retiradas se tornaram ainda mais perigosas quando um
ataque suicida reivindicado pelo Estado Islâmico –inimigo tanto do
Ocidente quanto do Taliban– matou 13 militares norte-americanos e
dezenas de afegãos que esperavam nos portões do aeroporto na
quinta-feira passada. Biden, que tem enfrentado críticas intensas nos
EUA e no exterior por causa de suas decisões sobre o Afeganistão,
prometeu após o sangrento ataque ao aeroporto de Cabul perseguir os
responsáveis.
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