O governador Rui Costa (PT) enviou ontem para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) um projeto de lei que pede autorização para a venda de 27 imóveis no estado
Foto: Reginaldo Ipê / Tribuna da Bahia
Por Rodrigo Daniel Silva
O governador Rui Costa (PT)
enviou ontem para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) um projeto
de lei que pede autorização para a venda de 27 imóveis no estado. Da
bancada de oposição, o deputado estadual Paulo Câmara (PSDB) afirmou que
o governo precisa deixar evidente para onde será destinado o recurso da
negociação das áreas.
De acordo com a gestão estadual, o
dinheiro, com a venda dos imóveis, será destinado ao Fundo Financeiro da
Previdência Social dos Servidores Públicos da Bahia (Funprev) que,
segundo a administração, vem “aumentando à medida que o governo tem
alcançado sucessivos recordes de concessão de aposentadoria”.
Dos
27 imóveis, que podem ser vendidos se a AL-BA aprovar, 10 ficam em
Salvador. Entre eles, estão a rodoviária, o Detran e o Centro de
Convenções. Também serão vendidas áreas em: Campo Formoso, Juazeiro,
Paramirim, Riacho de Santana, Aramari, Eunápolis, Itapetinga, Iraquara,
Itaberaba, Jacobina, Uauá, Ibotirama, Cipó, Livramento de Nossa Senhora,
Camaçari, Piritiba e Feira de Santana.
Segundo o governo, o
Funprev tem hoje um déficit de R$ 5,5 bilhões. Para Paulo Câmara, o
governo precisa deixar mais clara a proposta. “Qual será a destinação
(do dinheiro)? Qual a finalidade? Para onde vai? Se fizer isso de
maneira transparente, eu não tenho nada contra (a proposta)”, declarou o
tucano, em entrevista à Tribuna. Segundo ele, o governador Rui Costa,
até hoje, não explicou para onde foi o dinheiro da venda do Colégio
Estadual Odorico Tavares, que ficava no Corredor da Vitória, em
Salvador.
A Assembleia Legislativa da Bahia aprovou a
comercialização da unidade escolar em janeiro do ano passado. Na época, a
oposição criticou duramente a venda da escola. O então prefeito de
Salvador, ACM Neto (DEM), disse que era um ato de “desvalorização da
educação”. "Eu acho que um patrimônio do estado que não tem nenhuma
utilidade pode ser vendido, eu fiz isso com vários terrenos do
município. Mas não vendi escola de jeito nenhum. Eu acho que não tem
preço que pague o recado ruim que é dado de desvalorização da educação",
declarou o democrata.
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