Ricardo Galhardo
Estadão
Com dificuldade para conseguir uma posição de destaque no enfrentamento ao governo Jair Bolsonaro diante da pandemia do novo coronavírus, o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decidiram levantar a bandeira pelo “Fora Bolsonaro”.
Segundo fontes do PT, Lula reclamou do fato de o partido e seus dirigentes fazerem muitas notas e publicações nas redes sociais, que não têm efeito prático, enquanto Bolsonaro ocupa os principais espaços da mídia todos os dias, mesmo na posição de alvo de críticas.
NOVA POSIÇÃO – Na manhã desta terça-feira, dia 21, as bancadas do partido na Câmara e no Senado decidiram encaminhar o novo posicionamento ao diretório nacional da legenda. Segundo relatos, durante a reunião Lula disse que vai fazer um pronunciamento defendendo a saída do presidente.
Lula vinha sendo cobrado desde que deixou a cadeia, em novembro do ano passado, a participar mais dos debates políticos nacionais. De acordo com participantes da reunião, o ex-presidente disse que neste momento se sente mais confortável para ir a público porque ¨agora tem o que falar¨.
A decisão de levantar a bandeira pelo Fora Bolsonaro significa uma mudança de posição do partido. Nas últimas semanas a ala majoritária do PT, capitaneada pela presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, recusou por duas vezes propostas de correntes minoritárias que defendiam o Fora Bolsonaro.
NOTA – ¨As bancadas do PT na Câmara e no Senado querem uma campanha por mudanças institucionais e políticas para garantir a democracia no país, em defesa da vida e contra a manutenção de Jair Bolsonaro à frente do governo¨, diz nota publicada na página do partido.
Até então a estratégia do PT era de adotar uma linha propositiva, se aproveitando da experiência de 13 anos no governo federal para sugerir políticas nas áreas da saúde e emprego. A estratégia, no entanto, não tirou o partido de um papel secundário que vem desempenhando durante a pandemia perdendo protagonismo até para adversários da centro-direita que se elegeram apoiando Bolsonaro como os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio, Wilson Witzel (PSC).
MANIFESTO – No final de semana as correntes majoritárias fizeram um manifesto pelo “Fora Bolsonaro” que conseguiu o apoio de 17 mil pessoas e encaminharam um pedido à Gleisi para marcar uma reunião do diretório nacional com o objetivo de ¨rever a orientação política¨ do PT diante da crise.
A pressão da base e os acontecimentos do últimos final de semana ajudaram a corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) a mudar de posição. Na reunião desta terça-feira todos os principais líderes da CNB disseram ser a favor do Fora Bolsonaro desde sempre.
Ao justificar os motivos que levaram o PT a empunhar a bandeira pela saída do presidente, Gleisi citou a ida de Bolsonaro à manifestação que pedia o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal e defendia o AI-5, no último domingo.
CRISE – ¨Precisamos também fazer o debate da política e a defesa da nossa democracia. Está claro que o governo que está aí, liderado por Bolsonaro, não está à altura do país para enfrentar a crise que estamos vivendo. No último domingo sua atitude foi o palco de desastre para o Brasil¨, disse ela.
Na reunião com as bancadas e Lula, Gleisi que está consultando os demais partidos de esquerda sobre o Fora Bolsonaro. De acordo com relatos, ela disse que a única resistência vem do PC do B que prefere o ¨Basta Bolsonaro¨ por considerar que o fracasso de uma tentativa de afastar o presidente pode deixá-lo mais forte.
Gleisi se recusou a fazer a reunião do diretório nacional nas 72 horas pedidas pelas correntes minoritárias. O encontro deve ficar para a próxima semana.
Estadão
Com dificuldade para conseguir uma posição de destaque no enfrentamento ao governo Jair Bolsonaro diante da pandemia do novo coronavírus, o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decidiram levantar a bandeira pelo “Fora Bolsonaro”.
Segundo fontes do PT, Lula reclamou do fato de o partido e seus dirigentes fazerem muitas notas e publicações nas redes sociais, que não têm efeito prático, enquanto Bolsonaro ocupa os principais espaços da mídia todos os dias, mesmo na posição de alvo de críticas.
NOVA POSIÇÃO – Na manhã desta terça-feira, dia 21, as bancadas do partido na Câmara e no Senado decidiram encaminhar o novo posicionamento ao diretório nacional da legenda. Segundo relatos, durante a reunião Lula disse que vai fazer um pronunciamento defendendo a saída do presidente.
Lula vinha sendo cobrado desde que deixou a cadeia, em novembro do ano passado, a participar mais dos debates políticos nacionais. De acordo com participantes da reunião, o ex-presidente disse que neste momento se sente mais confortável para ir a público porque ¨agora tem o que falar¨.
A decisão de levantar a bandeira pelo Fora Bolsonaro significa uma mudança de posição do partido. Nas últimas semanas a ala majoritária do PT, capitaneada pela presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, recusou por duas vezes propostas de correntes minoritárias que defendiam o Fora Bolsonaro.
NOTA – ¨As bancadas do PT na Câmara e no Senado querem uma campanha por mudanças institucionais e políticas para garantir a democracia no país, em defesa da vida e contra a manutenção de Jair Bolsonaro à frente do governo¨, diz nota publicada na página do partido.
Até então a estratégia do PT era de adotar uma linha propositiva, se aproveitando da experiência de 13 anos no governo federal para sugerir políticas nas áreas da saúde e emprego. A estratégia, no entanto, não tirou o partido de um papel secundário que vem desempenhando durante a pandemia perdendo protagonismo até para adversários da centro-direita que se elegeram apoiando Bolsonaro como os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio, Wilson Witzel (PSC).
MANIFESTO – No final de semana as correntes majoritárias fizeram um manifesto pelo “Fora Bolsonaro” que conseguiu o apoio de 17 mil pessoas e encaminharam um pedido à Gleisi para marcar uma reunião do diretório nacional com o objetivo de ¨rever a orientação política¨ do PT diante da crise.
A pressão da base e os acontecimentos do últimos final de semana ajudaram a corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) a mudar de posição. Na reunião desta terça-feira todos os principais líderes da CNB disseram ser a favor do Fora Bolsonaro desde sempre.
Ao justificar os motivos que levaram o PT a empunhar a bandeira pela saída do presidente, Gleisi citou a ida de Bolsonaro à manifestação que pedia o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal e defendia o AI-5, no último domingo.
CRISE – ¨Precisamos também fazer o debate da política e a defesa da nossa democracia. Está claro que o governo que está aí, liderado por Bolsonaro, não está à altura do país para enfrentar a crise que estamos vivendo. No último domingo sua atitude foi o palco de desastre para o Brasil¨, disse ela.
Na reunião com as bancadas e Lula, Gleisi que está consultando os demais partidos de esquerda sobre o Fora Bolsonaro. De acordo com relatos, ela disse que a única resistência vem do PC do B que prefere o ¨Basta Bolsonaro¨ por considerar que o fracasso de uma tentativa de afastar o presidente pode deixá-lo mais forte.
Gleisi se recusou a fazer a reunião do diretório nacional nas 72 horas pedidas pelas correntes minoritárias. O encontro deve ficar para a próxima semana.
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