MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 30 de março de 2020

Problema urgentíssimo: abastecer de alimentos as favelas do Rio e de todo o país



A sociedade civil já começou a distribuir alimentos aos pobres
Pedro do Coutto
A manchete principal da edição da Folha de São Paulo deste domingo sintetizou o grande problema nas comunidades pobres que nesta altura da pandemia necessitam obter mantimentos para sua sobrevivência. O desafio colocado para as autoridades representa praticamente uma medida até de sobrevivência para famílias pobres residentes em favelas. Existem no Rio de Janeiro grandes áreas ocupadas por moradias nos morros e também em áreas planas como é o caso do Complexo da Maré. O quadro assim revela que uma iniciativa do governo necessita ser tomada com urgência, pois caso contrário moradores de favelas irão descer para conseguir alimentos nos supermercados.
As comunidades não existem somente no Rio de Janeiro, ao contrário, espalham-se pelo país. Na cidade do Rio de Janeiro cerca de 2 milhões de pessoas vivem nessas áreas críticas.
CRISE HABITACIONAL – No Brasil o déficit habitacional encontra-se na escala de 7,75 milhões de residências onde residem 33 milhões de pessoas, 15% da própria população brasileira.
Ontem, enquanto o ministro Henrique Mandeta reiterava mais uma vez a necessidade das pessoas permanecerem em suas residências evitando aglomerações, o presidente Jair Bolsonaro visitava a Ceilândia, cidade satélite de Brasilia e cumprimentava grupos de pessoas nas ruas daquela localidade.
Como se verifica, enquanto o ministro da Saúde diz uma coisa, o presidente da República age exatamente na forma oposta. Não se entende assim a predominância de um choque refletido nos meios de comunicação que focalizaram o encontro de Bolsonaro com populares.
POSIÇÕES ANTAGÔNICAS – O Ministro Mandeta retomou sua posição original em relação a pandemia. Jair Bolsonaro repetiu os gestos que trocou ha uma semana atrás com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada. A distonia está caracterizada.
A respeito da distonia, vale a pena ler a entrevista do general Hamilton Mourão, de página e meia, na qual deu ênfase ao que ele próprio classificou da falta de coordenação em torno do problema do coronavírus. Como a entrevista saiu ontem, o general Hamilton Mourão, mesmo sem bola de cristal focalizou a desconexão que atrapalha o combate ao surto virótico que está atingindo o mundo inteiro.
O panorama por enquanto é esse. Todos nós devemos esperar que o governo federal adote um novo rumo capaz de enfrentar o ataque do coronavírus.
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