O
presidente da Associação dos Municípios da Região Cacaueira – Amurc,
Aurelino Cunha, em conjunto com representantes de Consórcios Públicos –
Litoral Sul, Baixo Sul e Cima, do Instituto do chocolate e da Ceplac,
entregou nesta terça-feira (2), em Brasília, à Ministra da Agricultura,
Tereza Cristina Corrêa, um documento contendo 10 medidas emergenciais
para a restruturação sustentável da Comissão Executiva da Lavoura
Cacaueira (Ceplac), com investimentos estruturantes para região. O
documento “Rotas Estratégicas para o presente e o futuro sustentável da
Cacauicultura Brasileira” contempla proposições elaboradas em conjunto
por representantes da Amurc, do Instituto Chocolate, dos Consórcios de
Desenvolvimento Sustentável - Litoral Sul, Consórcio Intermunicipal do
Mosaico das Apas do Baixo Sul – Ciapra e o Consórcio Intermunicipal da
Mata Atlântica - CIMA, para serem submetidos ao MAPA e à direção da
Ceplac.
Dentre as medidas de restruturação foi
destacado que os consórcios públicos estão aptos e disponíveis para
buscar recursos tanto da União, como fora, a exemplo de recursos de
fundos internacionais para fomentar tanto a pesquisa quanto a extensão.
Aliado a isso, os consórcios estarão disponibilizando suas equipes
técnicas para o desenvolvimento da Assistência Técnica Rural (ATER). Em
relação a Anulação do Despacho de transferência dos técnicos da Ceplac
para outro departamento, a ministra afirmou aos representantes
regionais, que não está fazendo nenhum movimento com relação ao
fechamento da Ceplac. Segundo o secretário executivo do Consórcio
Litoral Sul, Luciano Veiga, Tereza Cristina disse que vai está fazendo
um estudo dentro da restruturação do próprio ministério, no sentido de
fazer um novo enquadramento para que seja realizado o fortalecimento da
instituição na pesquisa e na extensão. De acordo com o presidente da
Amurc, a Ministra ficou de apresentar de forma mais clara uma nova
modelagem da Ceplac para que possa ser discutida de uma forma mais
incisiva e mais participativa. “Fizemos uma defesa muito firme com
relação a Ceplac e saímos com a garantia de que não há interesse por
parte do Ministério da Agricultura para que aconteça a extinção da
Ceplac”, afirmou Lero Cunha. O presidente do Ciapra e prefeito de
Igrapiúna, Leandro Ramos destacou que a Ministra ressaltou a importância
da cadeia produtiva do cacau para o Brasil, sob o ponto de vista
agronômico mas também ambiental. “Precisamos juntos achar uma solução
para que a gente tenha uma Ceplac usando o que ela tem de Know how, a
sua história, o seu banco de germoplasma, ser mais efetiva e alcançar os
objetivos, os resultados que a gente quer”, reforçou Tereza Cristina,
que destacou o apoio da Embrapa na busca por um caminho de modernização
da Ceplac. O assunto também apresentado durante uma reunião com o
Senador Ângelo Coronel, autor o projeto de lei PL 4.107/2019, que visa
alterar a Lei nº 13.710, de 2018, que institui a Política Nacional de
Incentivo à Produção de Cacau de Qualidade para valorizar a Ceplac,
órgão federal, ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, que apoia a cacauicultura desde 1957.
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