O PSL decidiu por unanimidade nesta terça-feira (13) expulsar o deputado
Alexandre Frota (SP). A decisão foi tomada depois de uma reunião do
partido do presidente Jair Bolsonaro. Presidente da sigla, Luciano Bivar
(PE) fez o anúncio da decisão no início da tarde de hoje. "A decisão
foi pela desfiliação do deputado", explicou Bivar. Segundo ele, Frota
foi enquadrado em artigo do regimento que fala sobre desalinhamento
partidário. Ele acrescentou que a decisão está ligada às falas do
deputado sobre o presidente Bolsonaro, e demais membros do governo, e
não a seu papel na Previdência. O pedido de expulsão foi feito pela
deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que afirmou que a situação de Frota no
partido era "insustentável". O senador Major Olímpio (PSL-SP) deixou a
reunião da sigla afirmando que estava "satisfeito" com a decisão. Ele
também é um conhecido desafeto de Frota.
Frota se tornou "persona no grata" no PSL depois que
passou a criticar de maneira pública Bolsonaro e seu governo. Ele
chegou a afirmar que estava decepcionado com o presidente por conta da
falta de articulação deste com os parlamentares. Foi uma guinada forte,
já que Frota foi um dos nomes mais engajados em fazer campanha para
Bolsonaro. O parlamentar criticou decisões do governo como a nomeação do
deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, para ser
embaixador do Brasil nos EUA. Além disso, depois de ser um dos
principais articuladores do partido na votação da Reforma da Previdência
na Câmara, ele se absteve no segundo turno, o que contrariou orientação
do PSL. A ação foi tomada depois que ele foi retirado da vice-liderança
do partido na casa. “Eu acredito que o Bolsonaro tenha pedido isso
porque disse que estava decepcionado com ele, que não achava que a
indicação do Eduardo como embaixador era a mais correta. Fui
surpreendido com essas mudanças”, afirmou, na semana passada. O deputado
ainda não comentou a decisão.
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