MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Informação a Bolsonaro: ao longo de 70 anos, o Peronismo só perdeu uma eleição


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Ao invés de ajudar, Bolsonaro está ajudando a derrotar Macri
Pedro do Coutto
Exatamente isso que está no título deste artigo. De 1948 até 2019,  o peronismo, que nada tem de esquerda e sim populismo de direita, somente uma vez perdeu as eleições. Foi em 1982, quando Raul Alfonsin derrotou Italo Luder, um professor universitário, intelectual que não fazia o perfil dos chamados descamisados na campanha de 1948. Excetuando Alfonsin, foram eleitos: o próprio Perón em 1952, Frondizi em 1958, Artur Ilia em 1963, Hector Campora no início da década de 70, o próprio Perón na reabertura política de 73.
Na campanha de 72 o povo argentino de menor renda gritava nas ruas: Campora no governo, Perón no poder. Em 73 quando retornou a Argentina exilado que estava em Madri, uma multidão o esperava entre o aeroporto de Ezeiza e a capital Bueno Aires.
DITADOR DE DIREITA – Em 1955, no dia 3 de outubro quando o Brasil elegia Juscelino Kubitschek, as forças armadas argentinas derrubavam Perón ameaçando bombardear a Casa Rosada. Perón escapou de ser preso quando conseguiu chegar a uma canhoneira paraguaia ancorada no Rio da Prata.
O peronismo sempre foi da direita, era o populismo fixado na sua conduta à frente do governo. Não se esqueçam os leitores de que a Argentina ficou neutra na Segunda Guerra, e terminadas as hostilidades, o país asilou muitos nazistas.
Correu a versão que um submarino alemão transportou somas financeiras bastante pesadas para os braços de Perón, o presidente que se recusou a seguir o Brasil em 1942 quando nosso país declarou guerra à Alemanha Nazista, à Itália Fascista e também ao Japão, que havia tomado a iniciativa de partir para a guerra contra os EUA, no episódio de Pearl Harbor.
ISABELITA – Depois da morte de Perón em 74, assumiu o governo Maria Estela, que tinha a alcunha de Isabelita. Sucederam-se vários governos militares com a prisão da presidente do país. No retorno à democracia, após novo ciclo militar, elegeram-se presidentes os peronistas Carlos Menem, Nestor Kirchner e em seguida sua mulher Cristina Kirchner. Maurício Macri tornou-se uma exceção.
Acredito que Jair Bolsonaro errou ao apoiar a reeleição de Maurício Macri. Por sinal, na campanha de 2015 Macri declarou-se peronista e que uma vez eleito, como aconteceu, colocou em prática uma política que colidia amplamente com as bases peronistas, as quais resistiram ao passar do tempo.
BOLSONARO ERRADO – Deixo aqui neste artigo uma sugestão para Ariel Palácios, excelente jornalista e correspondente da GloboNews em Buenos Aires, para com seu talento focalizar esse tema, analisando o processo eleitoral de forma capaz de sensibilizar o presidente Bolsonaro para afastá-lo dos equívocos que tem cometido em relação ao quadro político argentino.
Em primeiro lugar, fica a retificação sobre a ideologia de Juan Domingo Perón: aliás não tinha ideologia e sempre foi combatido pelos comunistas; em segundo lugar, finalizando, o presidente Bolsonaro deve consultar o historiador daquele país para traduzir a essência do peronismo. O peronismo estava na linha da ideologia espanhola, com Francisco Franco, e com a de Portugal, com Salazar e Marcelo Caetano.

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