MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

É muita gente eufórica, no armário e fora dele, com a tentativa de destruir a Lava Jato

POLITICA LIVRE
Foto: Felipe Rau/Estadão/Arquivo
Ministro Luis Roberto Barroso merece apoio pela coragem de enfrentar quem quer acabar com a Lava Jato
Finalmente alguém com autoridade e legitimidade mínimas resolveu colocar os pontos nos iis com relação às supostas mensagens hackeadas dos membros da Lava Jato.
Em uma palestra em São José dos Campos, o ministro Luis Roberto Barroso,  do STF, disse, na última sexta-feira, sentir-se impressionado com “a quantidade de gente que está eufórica com os hackeadores, celebrando o crime”.
E mais: Afirmou que, em sua percepção, há mais fofoca do que fatos relevantes, apesar, segundo ressaltou, do esforço, este sim à vista de todos, de se maximizarem os vazamentos do site Intercept Brasil.
Barroso foi no ponto: “Apesar de todo o estardalhaço que está sendo feito, nada encobre o fato de que a Petrobrás foi devastada pela corrupção”. Quem é capaz de rebater o argumento do ministro do STF?
E é exatamente disso que se trata. Não há quem, entre os que compartilham da euforia constatada não apenas por Barroso, que não tenha algum tipo de interesse contrariado no passado ou a contrariar pela Lava Jato.
Eles podem até ser políticos e ideológicos, mas nada impede que, em sua maioria, sejam mesmo financeiros, de gente que está com medo de ser pega com a boca na botija.
É claro que pode se questionar a conduta ética de alguns dos membros da Lava Jato, a serem verdadeiras as “pílulas reveladoras” do site do ianque Glen Greenwald.
Mas qual era mesmo a ética daqueles que integram ou integraram a organização criminosa que desviou bilhões da Petrobras e foram combatidos pela maior operação contra a corrupção já realizada no país?
Tratar a Lava Jato como uma organização criminosa, como um ministro do mesmo STF resolveu classificá-la, é que não passa de uma desfaçatez reprovável.
Eventuais erros, deliberados ou não, de seus integrantes precisam ser corrigidos. Mas o que se precisa acabar mesmo no país é com a tese, aceita até a operação ser deflagrada, de que gente rica e poderosa não pode ser investigada.
Todo mundo pode ser investigado, sim! Principalmente autoridades públicas, que vivem do dinheiro do pagador de impostos.

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