MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 10 de agosto de 2019

Deltan Dallagnol diz que o alvo da campanha destrutiva da mídia não é ele, e sim a Lava Jato


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A reação é forte e os corruptos estão bem organizados, diz Deltan
Guilherme Amado
Época

Ameaçado de afastamento, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou em entrevista à Época que o “rolo compressor político quer o retrocesso”. Resume numa frase: “A corrupção reage”. Aos 39 anos, o protagonista da operação no Ministério Público Federal enfrenta o momento mais crítico em cinco anos de Lava Jato.
“Ninguém jamais nos disse que seria fácil enfrentar pessoas poderosas que praticaram crimes gravíssimos contra nosso país. Ninguém jamais nos prometeu isso. Fizemos nosso papel e agora enfrentamos uma reação. Nossa expectativa é que as instituições e a sociedade protejam o trabalho feito e impeçam retrocessos. Eu não devo, e a Lava Jato não deve.”
IMPEACHMENT DE GILMAR – Dallagnol negou ter investigado ministros do Supremo, como sugerem algumas das mensagens de seu Telegram, que vêm sendo publicadas há dois meses. Confirmou, entretanto, ter tratado com seus colegas sobre a pertinência de pedir o impeachment de Gilmar Mendes:
“Estudamos se os atos dele configurariam, para além de atos de suspeição, infrações político-administrativas”. Também admitiu ter discutido a criação de uma empresa para gerir suas palestras e que ele não ficaria na administração do negócio. Frisou que, se o tivesse feito, estaria seguindo a lei.
“Existe um oportunismo de buscar e identificar qualquer brecha para atacar a operação Lava Jato, distorcer fatos e atacar os personagens que acabaram tendo protagonismo na operação. E o objetivo disso, a meu ver, não é atacar a pessoa do Deltan, a pessoa do Moro. É atacar o caso, a Lava Jato.” 
SEM PROBLEMAS – Dallagnol afirma ainda que, se eventualmente for afastado da função pelo Conselho Nacional do Ministério Público, seguirá no que diz ser seu propósito: “servir à sociedade”.
“O que a sociedade precisa reconhecer é que não é suficiente um grupo de procuradores, policiais, juízes, auditores, de pessoas, lutarem contra o sistema corrupto. Talvez a ilusão tenha sido em algum momento acreditar que a Justiça iria se sobrepor ao sistema político”, disse Dallagnol na entrevista, reconhecendo que os setores envolvidos com a corrupção ainda não estão derrotados e tentam inviabilizar a Lava Jato, exatamente como  ocorreu na Itália, com a campanha para desmoralizar a operação Mãos Limpas e devolver o poder aos políticos corruptos, na pessoa de Silvio Berlusconi, que voltou a governar o país em 2002.

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