MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 11 de agosto de 2019

Congelar salários leva à queda do consumo e reduz também a arrecadação dos impostos


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Charge do André Dahmer (Arquivo O Globo)
Pedro do Coutto
Falando aos repórteres Manoel Ventura e Cássia Almeida, em O Globo de sábado, o economista Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional, afirmou que, mesmo depois de aprovada a reforma da Previdência, outras medidas precisam ser tomadas. Entre elas a suspensão dos concursos públicos e o congelamento de salários dos servidores. A opinião de Mansueto Almeida encontra-se no contexto de uma exposição do ministro Paulo Guedes.
O titular da Economia revela que o governo lançará medidas com foco no equilíbrio fiscal, competitividade e melhora dos serviços públicos.
PRIVATIZAÇÕES – A reportagem ocupou página inteira do jornal, incluindo também afirmativas do presidente Jair Bolsonaro a respeito de privatização de empresas estatais. O governo já tem como certa a desestatização da Eletrobrás, e também na primeira fase o processo de privatizar os Correios.
Na minha impressão, o congelamento dos salários representa uma opção amarga para os servidores das estatais e para os funcionários federais. Além de ser inconstitucional, essa política certamente terminará acarretando o resultado inverso do que aquele que o Planalto espera alcançar. Não é maneira de incentivar o consumo, uma meta que proporcionaria aumento da produção econômica. Na realidade, restringindo o poder de compra, a consequência vai se refletir negativamente nos níveis de consumo.
PREVIDÊNCIA – Este exemplo acontece na Previdência Social. A Praça dos Três Poderes, nela incluído o Congresso, está aprovando restrições à aposentadoria. Pois há duas leis irrevogáveis: a lei da gravidade e a lei do menor esforço. Se o ministro Paulo Guedes não tivesse a intenção de conter os gastos do sistema não teria elaborado o projeto que elaborou. O processo econômico social é extremamente complexo porque tem de harmonizar a economia, as finanças e a remuneração do trabalho como pilares de qualquer projeto de governo. Afinal de contas a política existe e tem como objetivo essencial transformar-se num instrumento de avanço da espécie humana.
Se assim não fosse não seria o instrumento de progresso que é, trazendo conquistas que vão se acumulando através do tempo. 
JUSTIÇA SOCIAL – O destino dos projetos têm que visar, acima de tudo, uma redistribuição mais justa de renda. Não se trata de dividir o produto econômico por dois. Mas seria mais justo dividir por 10: nove para o capital e um para o trabalho.
Se ocorresse essa divisão minimamente justa entre capital e trabalho, destinando-se 10% do investimento empresarial pra pagamento de salários, isso já seria suficiente para apagar a miséria dos cenários nacional e mundial.

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