Análise realizada em 29/08 por Marcela Rocha, economista chefe da Claritas Investimentos.
“O plano anunciado pelo governo Macri de adiar o prazo de pagamento de sua dívida de curto prazo e renegociar a dívida de longo prazo, inclusive com o FMI, não reduz as preocupações com o desempenho da economia Argentina e suas consequências para o Brasil;
- Além de a implementação das medidas anunciadas ter riscos, inclusive políticos, as ações são voltadas para a resolução do problema de liquidez, o que não diminui as preocupações com a solvência da dívida Argentina;
- Neste cenário, o plano anunciado pelo governo de Macri reforça as preocupações com a dinâmica da economia Argentina. Depois da vitória folgada de Alberto Fernández nas primárias eleitorais e perspectiva de reversão das políticas adotadas por Macri, o peso argentino já mostrou depreciação acentuada (cerca de 39% em agosto) e houve o início de um processo de revisão para baixo do PIB da Argentina para 2019 e 2020;
- Em relação ao Brasil, a participação da Argentina na pauta de exportações já passou por importante redução ao longos dos últimos anos por conta da crise que atinge o país vizinho há algum tempo. No ano, as exportações para Argentina representam cerca de 5,0% da pauta total brasileira. Em 2018, a participação era de um pouco mais de 7,0%;
- A menor importância na pauta de exportação, no entanto, não impede um novo choque negativo na atividade doméstica. Com provável nova contração das exportações para o país, principalmente de veículos e setores metalúrgicos e petroquímico, a recessão Argentina pode ter um impacto negativo entre -0,1 p.p. e -0,3 p.p. no PIB brasileiro ao longo dos próximos meses;
- No entanto, vale lembrar, que este fator negativo para a economia doméstica já foi considerado após o resultado das primárias da eleição no começo de agosto. As ações anunciadas pelo governo Macri ontem somente reforçam as preocupações com o desempenho da economia Argentina;
- Por fim, além dos efeitos no comércio brasileiro, o plano de Macri também traz preocupação para o Brasil por conta de fluxo de investidor estrangeiro. Além do cenário global desafiador com desaceleração do crescimento mundial, a renegociação da dívida Argentina inibe novos investimentos na região e pode prejudicar o fluxo de capital para Brasil.”
Marcela Rocha, economista chefe da Claritas Investimentos.
- Além de a implementação das medidas anunciadas ter riscos, inclusive políticos, as ações são voltadas para a resolução do problema de liquidez, o que não diminui as preocupações com a solvência da dívida Argentina;
- Neste cenário, o plano anunciado pelo governo de Macri reforça as preocupações com a dinâmica da economia Argentina. Depois da vitória folgada de Alberto Fernández nas primárias eleitorais e perspectiva de reversão das políticas adotadas por Macri, o peso argentino já mostrou depreciação acentuada (cerca de 39% em agosto) e houve o início de um processo de revisão para baixo do PIB da Argentina para 2019 e 2020;
- Em relação ao Brasil, a participação da Argentina na pauta de exportações já passou por importante redução ao longos dos últimos anos por conta da crise que atinge o país vizinho há algum tempo. No ano, as exportações para Argentina representam cerca de 5,0% da pauta total brasileira. Em 2018, a participação era de um pouco mais de 7,0%;
- A menor importância na pauta de exportação, no entanto, não impede um novo choque negativo na atividade doméstica. Com provável nova contração das exportações para o país, principalmente de veículos e setores metalúrgicos e petroquímico, a recessão Argentina pode ter um impacto negativo entre -0,1 p.p. e -0,3 p.p. no PIB brasileiro ao longo dos próximos meses;
- No entanto, vale lembrar, que este fator negativo para a economia doméstica já foi considerado após o resultado das primárias da eleição no começo de agosto. As ações anunciadas pelo governo Macri ontem somente reforçam as preocupações com o desempenho da economia Argentina;
- Por fim, além dos efeitos no comércio brasileiro, o plano de Macri também traz preocupação para o Brasil por conta de fluxo de investidor estrangeiro. Além do cenário global desafiador com desaceleração do crescimento mundial, a renegociação da dívida Argentina inibe novos investimentos na região e pode prejudicar o fluxo de capital para Brasil.”
Marcela Rocha, economista chefe da Claritas Investimentos.
Cláudia Rozembrá
Coordenadora de Comunicação Corporativa
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