MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Brasil vai explorar alternativas se Argentina virar entrave a reformas no Mercosul, dizem assessores do presidente


Integrantes do governo que acompanham de perto o Mercosul avaliam que o Brasil “vai explorar alternativas” caso a Argentina -na hipótese de uma vitória peronista nas eleições- se converta numa barreira para as duas prioridades atuais da administração Jair Bolsonaro no bloco: a redução da chamada tarifa externa comum e a negociação de acordos comerciais, como o anunciado no final de junho com a União Europeia. Caso o kirchnerista Alberto Fernández, que recebeu 47% dos votos nas eleições primárias do fim de semana, confirme seu favoritismo e seja eleito no pleito de outubro, o governo brasileiro considera que deve ser retomado um receituário protecionista no país vizinho que vai impor travas para as reformas do Mercosul patrocinadas desde o início do ano pelos presidentes Bolsonaro e Mauricio Macri. Um interlocutor na Esplanada dos Ministérios diz, sob condição de anonimato, que o Brasil quer avançar na sua agenda com a Argentina, quem quer que esteja ocupando a Casa Rosada. Ainda não está claro quais alternativas estão em estudo. Enquanto alguns assessores de Bolsonaro dizem que tudo está sendo analisado, inclusive a possibilidade de Brasil abandonar o bloco se a relação com um governo peronista se tornar lesivo à agenda econômica do país, outros descartam essa hipótese por considerá-la extremada. O presidente Bolsonaro disse na segunda-feira (12) que “não quer romper unilateralmente a relação” com os argentinos. “A gente vai ver como é que fica a situação [entre os dois países]. Ninguém quer… Eu [não quero] romper unilateralmente [a relação]. Mas ele mesmo, o candidato [Fernández], cujo partido ganhou as prévias, falou que quer rever o Mercosul. O primeiro sinalizador é de que vai ser uma situação bastante conflituosa”, afirmou o mandatário.
Folhapress

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