
Bolsonaro transformou o governo num espetáculo midiático
Numa entrevista a Patrick Camporez, em O Estado de São Paulo de ontem, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o PT, alguns governadores do Nordeste e integrantes da sigla LGBT estão agindo para dividir o país, mas ele se empenha para unir o Brasil. “Portanto, sou contrário e tudo faço para assegurar a unidade do Brasil”.
A entrevista ocorreu quando o presidente inaugurou a Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia. Na minha opinião o presidente exagerou na dose.
CULPA DO PT – Vamos aos pontos destacados pela reportagem. “Embora existam críticas feitas ao meu estilo de falar”, afirmou o presidente, “estou mantendo a postura que adotei durante a campanha eleitoral. Paciência. Todos sabiam que sou assim. O PT lançou a divisão entre nós. Temos que nos unir. Agora mesmo alguns governadores da região nordestina voltam-se para uma divisão regional. Mas a sociedade brasileira não vai permitir”, disse Bolsonaro, que que estava inaugurando uma obra que não era dele, e sim da iniciativa do então presidente Michel Temer.
Na entrevista, Bolsonaro fez questão de destacar também a importância da nomeação de seu filho Eduardo Bolsonaro para embaixador nos EUA, e afirmou que a esquerda usa as minorias para criticar o governo.
AMAZÔNIA – Voltando a questão da Amazônia, Bolsonaro disse que a disputa internacional já existia antes de o Brasil ser descoberto. Assinalou que Amazônia foi dividida internacionalmente pelo Papa Alexandre VI através do Tratado de Tordesilhas, que é 1494, seis anos antes da descoberta do Brasil.
Disse que o General Augusto Heleno, que foi comandante do Exército para a região e conhece a Amazônia muito bem. “É a área mais rica do mundo. Tem interesses contrariados no plano internacional. Mas o general Heleno conhece profundamente o tema. Alguns participantes desses interesses querem usar os índios para manterem influências regionais. Em seguida, disse que pela primeira vez um presidente da República realiza promessas assumidas na campanha eleitoral.
CRÍTICAS À MÍDIA – Mais adianta, o presidente Bolsonaro, ao focalizar a atuação da imprensa, não se referiu à ação dos repórteres e sim às posições dos editores e dos proprietários.
Finalizando disse: “O que porventura for publicado contra mim sou obrigado a democraticamente aceitar.
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