Foto: Nilton Fukuda/Estadão
Barroso encaminhou uma interpelação a Bolsonaro para que ele esclareça “eventuais ambiguidades ou dubiedades” na crítica ao militante de esquerda, que integrava a ALN (Ação Libertadora Nacional). O presidente chegou a dizer que Fernando não foi morto pelas forças militares, mas pelo próprio grupo de resistência ao regime ditatorial, o que foi desmentido por documentos da época. “O que eu falei demais para vocês? Me responda. O que tive conhecimento na época. Eu ofendi o pai dele? Não ofendi o pai dele”, disse. O presidente lamentou todas as mortes ocorridas durante a ditadura militar, tanto na esquerda como na direita, e disse que nada disso teria ocorrido se não houvesse a “vontade de implantar o comunismo no Brasil”.
“É uma verdade. A verdade dói, machuca. Agora, eu lamento todas as mortes que tiveram dos dois lados”, disse. Barroso deu um prazo de 15 dias para Bolsonaro responder à interpelação. A decisão atendeu a pedido de Felipe, que, de acordo com o despacho. se sentiu pessoalmente ofendido e entendeu que houve crime de calúnia contra a memória de seu pai. Fernando desapareceu na época da ditadura militar depois de ser preso por agentes do Estado. Até hoje, sua morte é um mistério e seu corpo nunca foi encontrado.
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