MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

“A Bahia virou um Velho Oeste, uma terra sem lei”, afirma Elmar Nascimento

POLITICA LIVRE
Foto: Estadão
Deputado federal Elmar Nascimento (DEM)
O deputado federal Elmar Nascimento (DEM) lamentou a situação em que aparece o estado da Bahia no Atlas da Violência divulgado neste final de semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). “A Bahia é o estado que possui mais municípios entre os 20 mais violentos do Brasil: Simões Filho, Porto Seguro, Lauro de Freitas, Camaçari e Eunápolis”, lamenta o deputado. “E o Oeste da Bahia, que antes era um lugar pacato, hoje foi transformado num Velho Oeste, uma terra sem lei, onde os bandidos trocam tiros à luz do dia”, diz Nascimento. Segundo o estudo divulgado, várias pequenas facções criminosas disputam o varejo de drogas nos territórios baianos e, em particular na capital: Bonde dos Malucos (BDM), Comando da Paz (CP), Katiara e Caveira.
As duas maiores facções do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) também estão presentes no território baiano e procuram se associar com as quadrilhas locais a partir do fornecimento de armas e drogas. “É muito triste constatar que não existe reação alguma por parte do governador Rui Costa para conter a expansão da violência e do tráfico em nosso estado”, constata o deputado.
“Na avaliação do IPEA, o estado da Bahia alimenta o ciclo da violência ao optar pelo uso de suas forças policiais, em lugar de utilizar a inteligência e investigação, o que tem ajudado a alimentar o ciclo de violência”, explica Nascimento, lembrando que inexistem na Bahia os três pilares que o IPEA considera fundamentais para conter a violência: falta planejamento de ações interssetoriais, voltadas para a prevenção social e para o desenvolvimento infanto-juvenil, em famílias de situação de vulnerabilidade; falta a qualificação do trabalho policial, com mais inteligência e investigação efetiva. E, por fim, falta na Bahia o reordenamento da política criminal e o saneamento do sistema de execução penal, de modo a garantir o controle dos cárceres pelo Estado.

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