Foto: Reuters /Carlos Garcia Rawlins
Líder de oposição venezuelana Juan Guaidó
O líder de oposição venezuelana Juan Guaidó disse nessa
terça-feira (2) que “nunca” haverá um bom momento para negociar com a
“ditadura” do presidente Nicolás Maduro, descartando uma nova rodada de
conversas para pôr fim à crise política que o país vive. Guaidó e Maduro
haviam enviado representantes a Oslo em maio, para discussões
incentivadas pelo governo da Noruega, mas as partes não conseguiram
chegar a qualquer tipo de acordo. No sábado, pessoas familiarizadas com o
assunto disseram à Reuters que as negociações seriam reiniciadas nesta
semana. Guaidó afirmou que não havia “anúncio oficial de que ele
compareceria a uma nova rodada” de diálogo. “Nunca será um bom momento
para a mediação… com sequestradores, violadores de direitos humanos, e
com uma ditadura”, disse Guaidó a jornalistas na Assembleia Nacional,
controlada pela oposição e dirigida por ele. Poucos detalhes foram
revelados sobre as negociações de Oslo entre os representantes de Maduro
e Guaidó, que se autoproclamou presidente interino e denuncia Maduro
como um usurpador ilegítimo que provocou recessão nos últimos cinco
anos. Os comentários de Guaidó ocorrem quando a oposição expressa
indignação diante da morte, na semana passada, do capitão da Marinha
Rafael Acosta, enquanto estava detido em custódia militar. A esposa do
capitão e grupos de direitos humanos acusam o governo Maduro de torturar
Acosta e de se recusar a esclarecer as circunstâncias da morte. O
procurador-chefe da Venezuela acusou, na segunda-feira (1º), dois
oficiais de Inteligência de homicídio em conexão com a morte de Acosta,
sem explicar como ele teria sido morto.
Agência Brasil
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