A notícia não mereceu nenhum destaque no noticiário da grande imprensa brasileira, majoritariamente anti-Trump:
A pobreza nos Estados Unidos caiu no primeiro ano do governo de
Donald Trump, informou, nesta quarta-feira, o censo americano. O índice
de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza passou de 12,7% da
população, em 2016, para 12,3% no ano passado. Em números absolutos, a
quantidade de pobres passou de 40,6 milhões, no último ano de mandato de
Barack Obama, para 39,7 milhões no ano de estreia de Trump.
É a primeira vez que a pobreza nos EUA é menor à registrado antes da
crise global de 2008, quando o índice de pobreza estava em 12,5%. No
período pós-crise, a pobreza cresceu no país e chegou a 15,1% em 2010 e,
por três anos, ficou neste patamar. O índice de Gini, que calcula a
desigualdade nos EUA, ficou em 0,482 no ano passado, ligeiramente acima
dos 0,481 registrados em 2016 — quanto maior o número, mais desigual é o
pais.
O governo Trump tem sido marcado por forte atividade econômica e por
queda do desemprego — atualmente está em 3,9% da população, o menor
índice em décadas. De acordo com o censo, a renda anual média das
famílias americanas, já ajustada pela inflação, cresceu 1,8% no ano
passado, para US$ 61,4 mil (cerca de R$ 254 mil). Segundo a última
pesquisa Ipsos, da semana passada, 48% dos americanos aprovam a política
econômica de Trump e 49% apoiam sua política para emprego, valores
muito acima de sua aprovação total, que está em 40%.
Apesar do aumento de renda, as diferenças entre grupos sociais
continuam. Segundo o censo, o ganho médio dos homens subiu 3% no ano
passado, para US$ 44.408 anuais, enquanto que as mulheres viram seus
rendimentos crescerem apenas 0,2%sobre 2016, para US$ 31.610 anuais. A
renda média das famílias negras caiu 0,2%, para US$ 40.258, enquanto que
a renda das famílias de brancos não-hispânicos subiu 2,6%, para US$
68.145 anuais. Entre os latinos, a alta foi de 3,7%, para US$ 50. 486.
A parcela de americanos sem plano de saúde foi pouco alterada em
8,8%, ou 28,5 milhões. No governo Trump foi iniciado um processo para
acabar com o sistema de saúde criado por seu antecessor, chamado
popularmente de Obamacare. Mas os impactos das mudanças aprovadas,
segundo especialistas, tendem a começar a ser sentidas a partir de 2018.
(O Globo).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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