A equação é simples, não é preciso ser euclidiano nem pitagórico para entendê-la. Ao criar a Tribuna da Internet, como desmembramento da Tribuna da Imprensa, o editor pensou que poderia ser respeitado e valorizado um espaço na web que abrigasse todas as tendências políticas, filosóficas e sociais que visassem ao bem comum. Um blog simples, no qual as pessoas pudessem trocar ideias a partir das notícias mais importantes, e tivessem uma válvula de escape para essa vida inaceitável que levamos, em que as desigualdades sociais são mantidas a todo custo, não se faz uma correta distribuição de renda, não existem oportunidades iguais nem meritocracia, e ainda há pessoas que acham que as crianças e idosos abandonados nas ruas sofrem por causa do karma, vejam a que ponto pode chegar a desfaçatez humana.
A ideia do blog parecia boa, logo virou um sucesso, servindo de pauta e influenciando os jornalistas, e o servidor UOL vive reclamando que temos leitores demais, é uma chatice. Mas não sabíamos que o fracasso iria nos subir à cabeça.
MISSÃO IMPOSSÍVEL – Jamais pensamos em agradar a todos, não alimentávamos missões impossíveis. Nossa tese é a defesa do pluralismo democrático, algo consensual, que não admite discussões, mas não funciona. As pessoas não querem expor as ideias, tentam impor suas opiniões de forma bizarra e grosseira. Querem transformar a TI num veículo de mão única, sem notar que praticamente todos os blogs são assim, por isso não têm a menor graça, os leitores logo se enfadiam.
Ontem, um comentarista reclamou que a TI não reproduz matérias do “Jornal da Cidade”, um site sensacionalista, sem a menos credibilidade, que é considerado campeão matéria de fake news e processos judiciais. Como diria o Barão de Itararé, era só o que faltava…
SIGNO DA LIBERDADE – Tentamos viver aqui sob o signo da liberdade. Isso significa que ninguém é proibido de participar do blog, desde que obedeça às regras de não ofender, não perseguir e não usar palavrões. É o mínimo que se pede. Mas nem o mínimo conseguimos…
Decidimos deletar 100 comentários de quem fugir às regras, depois 200, e assim por diante. Mostrou ser um remédio adequado. As ofensas e provocações diminuíram. Mas sempre há os recalcitrantes.
José Guilherme Schossland usou gratuitamente a expressão “couro de pica”, foi deletado e agora diz ser “perseguido político”, alegando que o editor o abduz “por ordens superiores”.
O CASO BENDL – Francisco Bendl é meu amigo há muito anos, mas as regras também valem para ele. Antes de deletar 100 comentários do Bendl, nos últimos dias o editor enviou e-mails a ele, pedindo pela enésima vez que cessasse as provocações a seus desafetos e que não saísse em defesa de outros comentaristas, quando seu nome não fosse citado.
Não adiantou nada. Bendl não somente recusou meu pedido, como me enviou o comentário que pretendia postar esculhambando sua desafeta Carioca da Gema, que nos últimos dias já tinha sido punida em 300 deletações e estava quieta, se adaptando às regras do Blog.
Regras são regras. Bendl não está expulso do blog (ninguém está), pode comentar à vontade, mas não deve ofender aos outros, para também não ser ofendido, como ensina o Pai Nosso, a oração suprema do Cristianismo.
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