O
mercado de automóveis raros anda aquecido. Encontros como o de Peeble
Beach, Hampton Court e Villa d’Este e demais leilões movimentam milhões
no comércio de clássicos. Marcas têm visto esse nicho como forma de
aumentar a rentabilidade. Jaguar e Aston Martin já anunciaram tiragens
complementares de clássicos como D-Type e DB4 GT e, agora, a McLaren
lançou sua certificação de originalidade e restauração, tal como marcas
como Ferrari já faz há muitos anos.
Trata-se
de um serviço oferecido pela McLaren Special Operations (MSO), que teve
como primeiro carro certificado a unidade de chassis número 25 do
McLaren F1 GTR Longtail que competiu durante oito anos em disputas de
longa duração.
Fabricado
em 1997, o carro faz parte das três unidades com traseira longa
construídos para a equipe pela Gulf-Davidoff. Ele correu as 24 Horas de
Le Mans daquele ano comandado pelo trio formado pelos britânicos Ray
Bellm, Andrew Gilbert-Scott e o japonês Masanori Sekiya, mas abandonou a
prova após 326 voltas devido a um vazamento de óleo que o deixou em
chamas. Depois do acidente, o F1 foi vendido para uma equipe japonesa,
onde correu até 2005. Ele ainda integrou o acervo de um colecionador
japonês até voltar ao Reino Unido em 2016 para as mãos de um dos
acionistas da marca inglesa.
Batizado
de F1 GTR Longtail 25R para identificar a restauração e o número do
chassi, o time da MSO precisou substituir um[/TEXTO] grande volume de
componentes, muitos deles fabricados nos anos em que o F1 esteve em
linha, de 1993 a 1998. Outras tiveram que ser fabricadas exclusivamente
para o processo de restauração. No entanto, seguiram as especificações
de produção da época de fabricação. Ou seja, não seria admitida um
componente modificado para 1998, para garantir a originalidade.
O
bólido recebeu novos painéis de carroceria e foi aplicada a mesma
pintura utilizada pela equipe em 1997, assim como os adesivos dos
patrocinadores e até mesmo as etiquetas de identificação com o número
39. Assim o F1 GTR Longtail ganhou status de carro novo, apesar de seu
chassi de fibra de carbono ter sido moldado há 21 anos.
Peças para antigos
O
mercado de peças de carros antigos sempre girou muito dinheiro. E a
cada ano que passa, cada item se valoriza mais. Basta fazer uma pesquisa
nas feiras de pulgas de qualquer encontro de antigo, ou de um modelo
específico, para ver quando é pedido por cada peça. Seja de Fusca ou
Opala, ou modelos mais raros, fato é que itens originais valem ouro. E
diante do interesse do público por peças de reposição, fabricantes têm
investido na manufatura de peças.
A
Ford vende nos Estados Unidos kits completos da primeira geração do
Mustang, assim como toda a parte mecânica. Legalmente, por cumprimento
às normas ambientais vigentes, a marca do oval azul não poderia vender o
carro completo, mas em partes pode ser feito, pois se trata de um
fornecimento de peças para uma produção artesanal tocada pelo cliente.
Além
disso, lá há uma infinidade de empresas que oferecem componentes, peças
de motor e até estampam painéis de carroceria com as mesmas
especificações dos antigos da terra do Tio Sam.
Um
exemplo é a Holley, famosa marca de carburadores que ainda sobrevive
nos Estados Unidos justamente para municiar antigos modelos de
competição.
No Brasil
Por
aqui, comprar kits de clássicos de outrora ainda é apenas sonho
distante de para quem gosta de carro antigo. No entanto, a Pirelli acaba
de lançar a linha Collezione de pneus que foram oferecidos aqui há mais
de meio século, como o Cinturato CA67. Além dele, a marca passa a
vender os modelos Cinturato CN72, Cinturato CN36, Cinturato CN12 e
Cinturato P5.
Segundo
a marca italiana, todos mantiveram as medidas tais como as originais,
mas adotam processo de fabricação atuais e materiais de última geração,
como o emprego do Nylon Zero Grau.
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