MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Eleitor vai conferir as novas pesquisas com o futuro resultado das urnas


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Charge do Ivan Cabral (ivancabral.com)
Pedro do Coutto
Mais uma vez, na história política do Brasil, 147 milhões de eleitores e eleitoras vão poder conferir o que apontarem o Ibope e Datafolha quanto às intenções de voto com os resultados concretos das urnas. O desenvolvimento das pesquisas, vale frisar, passa por várias fases da campanha e ilumina nessas etapas as tendências registradas em cada uma das etapas.
Estou me referindo às votações majoritárias porque as proporcionais dependem, em grande número de casos, dos redutos mantidos à base de prestação de serviço por deputados federais e estaduais.
DESDE JK – Ao longo do tempo em que acompanho pesquisas eleitorais, a começar pela vitória de Juscelino Kubitschek em 55, acentuo que em mais de 60 anos só tomei conhecimento de dois graves equívocos por parte do Ibope. Em 54, em São Paulo, quando Jânio bateu Ademar de Barros para governador, e em 85, quando o mesmo Jânio emergiu do passado e derrotou Fernando Henrique Cardoso para a prefeitura da cidade de São Paulo. O Datafolha é mais recente do que o Ibope. Deve ter ao todo, estimo eu, em torno de 40 anos.
Os prognósticos são cálculos de precisão. Sem dúvida. No pleito de 2014, o Datafolha prognosticou uma vitória de Dilma Rousseff pela diferença de 4 pontos. O Ibope projetou 5 pontos de vantagem. Ela venceu com 3 pontos percentuais. Muitas pessoas não acreditam em pesquisa, eu fui um dos primeiros jornalistas a levá-las a sério e escrever sobre elas. Me vem a memória a entrevista de JK no Rio, com base no Ibope de Paulo Montenegro, quando ele assinalou os pontos em que venceria e os pontos em que seria derrotado. Impressionou-me muito a exatidão confirmada nas urnas em relação as perspectivas e os lances finais da campanha.
FIRMEZA – Impressionou-me também a firmeza de JK ao dizer que Ademar de Barros sairia na frente, pois a apuração em São Paulo corria mais rapidamente do que em Minas Gerais. JK teve 62% dos votos de Minas e alcançou uma votação fraca em São Paulo.
Dei esse exemplo para esclarecer que os grupos sociais têm tendências definidas dentro delas mesmas. As vezes um candidato sai na frente e termina perdendo a disputa. Acontece. E acontece porque, de outro lado, as pesquisas acompanham situações de momento, não podendo prever os desfechos das urnas semanas depois. Agora mesmo, estamos a quase quatro semanas da votação. Não se pode dizer hoje qual candidato chegará ao segundo turno contra Bolsonaro. Mas é possível projetar-se outro tipo de afirmação com base nas oscilações dos candidatos.
PAES VENCERÁ – No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, na minha opinião Eduardo Paes (DEM) vencerá a disputa. Encontra-se numa fase de ascendência, enquanto Romário cai no lado oposto. Paes, pelo Datafolha na última semana subiu de 18 para 24%, enquanto Romário desceu de 16 para 14%.
Este é o quadro das eleições que vão levar às urnas mais de 140 milhões de brasileiros e brasileiras. Em matéria de tendência, temos que esperar as próximas pesquisas que vêm por aí.  A do Datafolha está anunciada para hoje, segunda-feira.
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