O Mercado foi fechado hoje, por erro judiciário da 14ª Vara Federal, que simplesmente desconheceu a existência de cinco Apelações feitas ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que têm efeito suspensivo sobre qualquer decisão de primeiro grau.
INTOLERÂNCIA – A oficial de justiça Flávia Terezinha, encarregada da operação policial, que contou com cerca de 30 agentes federais e um especialista do Esquadrão AntiTerrorismo da PF, recusou-se a tomar conhecimento do Mandado de Segurança, o protocolo de apresentação e o comunicado da existência do recurso ao juiz da 14ª Vara, para que suspendesse a desocupação ilegal mediante violência. A oficial de justiça também não quis esperar até as 11 horas, quando se iniciam os trabalhos da Vara, para receber a contraordem do juiz Julio Mansur, que estava (e está) obrigado por lei a cancelar a operação judicial, devido ao efeito suspensivo do mandado de segurança e das cinco apelações pendentes.
O editor da TI, que está empenhado na defesa dos produtores culturais, jamais viu aparato igual ao da Polícia Federal, requisitada pelo ilustre juiz para intimidar meia dúzia de produtores culturais, que foram confundidos com terroristas, vejam só a que ponto chega a insensatez das autoridades brasileiras. Talvez o aparato tenha sido por medo dos membros do Abadá, o mais importante grupo de capoeira do mundo, que conseguiu fazer a ONU declarar a capoeira como bem cultural da humanidade. O grupo Abadá está no Mercado desde a fundação em 1989 e não foi citado para se defender no processo.
Mas a cultura é forte e resiste a tudo. Os juízes passam, são meros figurantes no enredo da vida, mas a cultura é eterna.
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