MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 28 de agosto de 2018

STF decide hoje denúncia por racismo e Bolsonaro diz que foi apenas uma “brincadeira”


Bolsonaro diz que tentam criar um fato político contra ele
Marco Grillo
O Globo

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, disse nesta segunda-feira que a análise do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possível abertura de uma ação penal contra ele por racismo tem a “intenção de criar um fato político”. A Primeira Turma da Corte vai avaliar na terça-feira se aceita ou rejeita a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Para a PGR, Bolsonaro usou “expressões de cunho discriminatório e incitou o ódio” ao se referir a quilombolas, indígenas, mulheres e grupos LGBTs em um discurso no Rio em abril do ano passado. A Procuradoria, ao propor a abertura do processo, afirmou que o candidato colocou a culpa em comunidades indígenas pela não construção de hidrelétricas em Roraima. Sobre os quilombolas, ele disse que “não fazem nada” e “nem para procriador servem mais”.
QUESTÃO INDÍGENA— Eu não estou preocupado, mas é lógico que a intenção é criar um fato político. Eu parto daí. A intenção de gente em criar um fato político. Não quero criticar o Supremo aqui, mas a questão de índios, por exemplo…. Sou contra a política de demarcação de terras em vigor. Não podemos ter uma área maior que a região Sudeste desmarcada como terra indígena. Quilombolas: eles querem uma nova Lei Áurea, fazer o que bem entendem com a terra deles, assim como os fazendeiros, e não continuar vivendo confinados e tutelado por parte do governo. Por que não titularizar esses quilombolas? Se quiserem vender a terra, que vendam sem problema nenhum.
Bolsonaro também negou ter preconceito contra mulheres e negros. Em outras ocasiões, ele já disse que fez uma “brincadeira” ao tratar dos quilombolas. Ele fez uma caminhada nesta tarde no Mercadão de Madureira, Zona Norte do Rio.
CRIAM RÓTULOS — “Misoginia: você acha que sou contra mulher? Aponte um áudio meu, um vídeo meu criticando mulher, dizendo que tem que ganhar menos que homem. Não existe. Inventam, criam rótulos e querem me afastar do público feminino. Racismo? Meu sogro é o Paulo Negão. Sou contra a política de cotas que está aí, porque prejudica o próprio negro. Minha cota é a social, a racial não.
O candidato já é réu no Supremo por apologia ao estupro, por ter dito, durante uma discussão, que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) “não merecia ser estuprada”. Bolsonaro evitou defender novamente a proposta de elevar para 21 o número de ministros do Supremo, mas criticou a atuação da Corte:
— Joguei isso no ar (aumentar o número de ministros), teve uma certa repercussão e atingi meu objetivo. O Supremo Tribunal Federal não pode continuar legislando, como quer legislar agora na questão do aborto. Não é atribuição deles legislar, é ser guardião da Constituição. Não pode ter esse poder todo não, diz Bolsonaro.
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