Por Redação BNews | Fotos: BNews
Os aliados de Michel Temer no Congresso se equipam para dar preferência
ao ‘bolsa eleição — um fundo abastecido com verbas públicas, para
financiar campanhas eleitorais.
De acordo com o blog de Josias de Souza, o presidente da comissão
suprapartidária que cuida de reforma política na Câmara, o deputado
Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) informou ao blog que a proposta de criação
do fundo eleitoral começará a ser votada no colegiado na próxima
terça-feira. “A ideia é concluir o processo de votação até
quinta-feira”, ele acrescentou.
Conforme Lúcio, o valor do fundo ainda está em discussão."Será um valor
entre R$ 3,5 bilhões e R$ 4 bilhões". Aprovado na comissão, o fundo irá
ao plenário da Câmara. E dali para o Senado. Precisa ser aprovado até o
final de setembro para entrar em vigor na próxima eleição.
Ainda conforme o pemedebista, serão votadas outras novidades além do
fundo eleitoral. Entre elas uma proposta que altera o sistema de escolha
dos deputados. Cresce entre os deputados a adesão a um modelo batizado
de “distritão.”
Hoje, o eleitor vota num candidato de sua preferêncioa e são eleitos os
políticos que amealharem mais votos numa totalização que inclui um
coeficiente atribuído à chapa do seu partido ou da coligação com outras
legendas. Nesse modelo, Tiririca recebe mais de um milhão de votos e
arrasta para a Câmara meia dúzia de sujeitos com votação mixuruca.
No distritão, cada Estado passa a ser um distrito eleitoral. Os
partidos lançam seus candidatos e os eleitores votam nos seus
preferidos. Vão para Brasília apenas os mais votados. Nessa modalidade,
os votos dados a Tiririca enviariam para a Câmara apenas o comediante,
sem nenhum palhaço a tiracolo.
De resto, vai a voto a chamada cláusula de barreira, que corta o tempo
de televisão e o dinheiro público dos partidos que não conseguirem pelo
menos 1,5% do total de votos para a Câmara distribuídos em nove Estados.
Estima-se que, se essa barreira já estivesse em vigor, haveria no
Congresso algo como uma dúzia de partidos, não 28.
Líder do governo no Senado e presidente do PMDB, Romero Jucá (RR) disse
a Lúcio Vieira Lima que espera receber as propostas da Câmara até o
início de setembro. Presidente do DEM, Agripino Maia (RN) declarou ao
blog que os projetos que afetam o financiamento e as regras da eleição
tendem a monopolizar as atenções do Congresso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário