Por Redação BNews
Em meio à crise política que passa o presidente da República Michel
Temer após ser notificado com a denúncia da Procuradoria Geral da
República por corrupção passiva, o Palácio do Planalto determinou aos
ministros que apressem a liberação de emendas parlamentares da base
aliada. Temer prorrogou ainda o prazo para pagamento de despesas
empenhadas e não executadas de anos anteriores. A quitação se esgotava
nesta sexta-feira (30), e foi estendida até 30 de novembro. A medida foi
publicada em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União um
dia depois da leitura na Câmara dos Deputados da denúncia contra Temer
por corrupção passiva.
Segundo reportagem do Uol, o Planalto pediu celeridade no repasse de
cerca de R$ 1 bilhão em emendas, que já pode ser distribuído a deputados
e senadores. A decisão pode beneficiar mais de 300 parlamentares com
recursos destinados a obras e projetos em suas bases eleitorais.
Congressistas considerados "traidores", que votaram contra o governo em
projetos estratégicos para Michel Temer, e da oposição podem ficar com
suas emendas "na gaveta". Deputados e senadores têm mais interesse em
emendas dos Ministérios das Cidades, da Saúde e da Integração Nacional.
De acordo com interlocutores do Planalto, Temer ordenou que Bruno
Araújo, Ricardo Barros e Hélder Barbalho, respectivamente titulares das
três pastas, verifiquem o volume de recursos represados. Desde que a
delação do Grupo J&F - controlador da JBS -, dos irmãos Joesley e
Wesley Batista, veio à tona, em 17 de maio, até o início de junho, o
governo já havia liberado quase R$ 1 bilhão em emendas parlamentares, a
maior parte para a sua base aliada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário