MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Pedido da PF para investigar Temer, Padilha e Moreira desorientou o Planalto


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A fila está andando, Padilha e Moreira estão nela…
Carlos Newton
É impressionante a sucessão de problemas judiciais que atingem o Planalto. Todo dia tem novidade, é uma péssima notícia atrás da outra. Com a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), chamado de “mensageiro” pelo empresário Joesley Batista, da JBS, o Planalto estava preocupado com possíveis investidas do procurador Rodrigo Janot contra os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). Mas esse ataque não se concretizou.
FOI SURPRESA – De repente, não foi uma nova flecha de bambu da Procuradoria. Ao contrário do que esperava o Planalto, a iniciativa partiu da Polícia Federal, que jogou no colo do presidente Temer uma bomba de efeito retardado, ao pedir autorização ao Supremo para investigá-lo junto com os ministros Padilha e Moreira, no âmbito da Operação Lava-Jato, em inquérito já instaurado contra deputados federais do PMDB e outros envolvidos.
A investigação em curso no Supremo atinge 15 outros envolvidos, entre eles o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, o doleiro Lúcio Funaro, o líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE), o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), a ex-prefeita Solange Almeida e o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, um dos delatores da Lava Jato.
UM DIA DE CÃO – A notícia levou o Planalto ao desespero, porque a nova investigação vai cruzar as provas existentes em várias delações, especialmente da Odebrecht e da JBS. Segundo o delegado federal Marlon Oliveira dos Santos, com a deflagração da Operação Patmos foi possível identificar conversas entre Joesley  e Temer sobre pagamentos a Funaro e Cunha, para mantê-los em silêncio acerca de crimes envolvendo atividades da J&F Investimentos (JBS), que incluíam corrupção de procurador da República e de juízes responsáveis pelas ações penais decorrentes das investigações das Operações Sépsis, Cui Bono? e Greenfield.
No pedido ao Supremo, o delegado denunciou que surgiram “novos relatos” sobre corrupção na Caixa Econômica Federal, com participação de políticos com foro privilegiado, como o presidente Temer, Padilha e Moreira Franco. Outro envolvido na mesma investigação é o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que não têm mais foro privilegiado e já está recolhido à penitenciária da Papuda, em Brasília.
NAS MÃOS DE FACHIN – O pedido para incluir presidente e ministros no inquérito está nas mãos do ministro Edson Fachin, que pode decidir monocraticamente, sem recorrer à Segunda Turma ou ao plenário. Como se sabe, o relator da Lava Jato tem poderes para mandar investigar o presidente da República, mas só pode processá-lo se a Câmara aprovar, com voto de dois terços dos deputados.
Esse quorum despropositado precisa ser revisto pelo Congresso. Foi decidido pela Constituinte na ressaca cívica de uma ditadura militar que durou 21 anos. Os políticos estavam traumatizados e criaram salvaguardas absurdas, como o foro privilegiado e o quorum de dois terços para processar presidente em crime comum, vejam que protecionismo idiota passou a fazer parte da democracia à brasileira.
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