Ele nasceu há oito anos e rapidamente ganhou uma legião de “seguidores”, conquistando status de mensageiro mais popular do planeta. Com o tempo, porém, mais do que uma ferramenta para troca de mensagens instantâneas, o WhatsApp se transformou em dor de cabeça ou fonte de irritação para parte do bilhão de usuários que arrebanhou mundo afora. Motivo? A falta de etiqueta – para dizer o mínimo – de muita gente na hora de usar o app. 
Somente no Brasil, a plataforma virtual conecta mais da metade da população (58% dos habitantes) – – respondendo por 10% do total de usuários espalhados pelo mundo. É uma profusão de grupos que pipocam madrugada adentro, mensagens de “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite” que chegam a toda hora e correntes fofas (#sqn) que prometem selar a paz mundial são só alguns dos incontáveis incômodos quando a rede é usada sem parcimônia. 
Use com moderação
Mas atenção à regra que vale para tudo na vida: menos é mais!
Use o aplicativo com moderação, ensina a consultora de etiqueta social Paula Curi, da Socila Escola. “Se o médico deu o número pessoal para o paciente, não significa que está disponível para consulta a qualquer hora do dia. O mesmo vale para os grupos de trabalho. Respeite o horário comercial. Terminou o expediente, se precisar, ligue”, exemplifica.
Para garantir a boa convivência com os colegas de labuta diária e evitar indisposições com o chefe, evite também compartilhar piadas ou brincadeiras de mau gosto. Importante também: jamais encaminhe conteúdos sem checá-los antes, alerta a consultora de etiqueta. A regra é clara: aqui não cola a desculpa do “não tinha visto”.
Quanto ao teor da mensagem: limite-se ao assunto discutido e evite abordar temas polêmicos como futebol, política e religião. Lembre-se: não é porque os pares se conhecem que devem pensar da mesma forma.
Cautela com os emojis

Cuidar da linguagem que se usa na internet também é fundamental para passar não só uma boa impressão na hora da troca de mensagens, mas para atestar maturidade e demonstrar respeito com o interlocutor.
O “internetês” é permitido. Erros de ortografia, não! Cuide do seu português e tenha compostura na hora de escolher o vocabulário.
Paula Curi lembra ainda que é over usar muitos emojis. “Carinha com beijinho, abraço, coração, bonequinhas demais é considerado infantil. Quando usados em grande quantidade empobrecem o conteúdo e mostram até certa falta de maturidade de quem escreve”, diz, referindo-se, principalmente, ao uso do recurso nos grupos de trabalho.
No privado
Mensagens direcionadas também devem ser enviadas somente para o destinatário. A menos que se tenha muita intimidade com os demais membros do grupo ou que se trate de um assunto de interesse coletivo, abra uma nova caixa de diálogo e preserve o teor do que será dito.
Felicitações no aniversário, mensagem de pêsames ou até cobranças são, necessariamente, conteúdos privados, adverte a consultora da Socila Escola. “Consideração não deve ser confundida com obrigação. Não é porque todos fizeram que você também deve fazer”, ensina Paula Curi.
O mesmo, segundo ela, vale para a permanência onde se foi colocado. “Enjoou do assunto ou perdeu o interesse? Saia”, enfatiza, lembrando que é deselegante incluir alguém em grupos sem pedir permissão. Fica a dica!
Todos os dias, 50 bilhões de mensagens são trocadas virtualmente por meio da plataforma, a segunda mais utilizada no mundo, perdendo apenas para o Facebook, criado em 2004