A
notícia de que os norte-americanos eliminaram 10% da taxa de importação
do camarão brasileiro poderia agradar os baianos. Só poderia. O
problema é que mesmo com maior potencial para a produção do crustáceo no
país, a Bahia não consegue valer a capacidade que tem. Segundo a edição
de julho da revista Exame, a barreira que prende o mercado baiano é uma
lei estadual, de 2012. Pela legislação, os produtores que querem
ampliar o negócio precisam fazer complexos estudos ambientais. Os custos
variam de R$ 200 mil a R$ 600 mil por exigir que o licenciamento seja
feito a partir do zero. Ainda segundo a revista, outros estados
brasileiros exigem relatórios mais simples, com custo médio de R$ 50
mil. Por conta das limitações na Bahia, cerca de 150 fazendas de camarão
do estado – a maioria de pequenos produtores – não conseguem se adequar
à lei estadual e só produzem em torno de 2,7 mil toneladas anuais. A
notícia da abertura do mercado dos EUA poderia ser comemorada por aqui,
mas só que não.
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