Tendo como cenário os espaços Lull e Lálá Multiespaço, no último final de semana, o evento contou com palestras sobre a moda sustentável, oficinas, bate-papos, bazares e estandes
Luiza Lopes / BAHIA.BA
Jovens da área de moda se reuniram no último final de semana para conferir as novidades da Fashion Revolution Week Salvador, que está em sua segunda edição. Tendo como cenário os espaços Lull e Lálá Multiespaço, o evento contou com palestras sobre a moda sustentável, oficinas, bate-papos, bazares e estandes.
Precursora do evento, a jornalista Ana Fernanda Souza falou à redação do bahia.ba um pouco da história da Fashion Revolution Week Salvador, que contou nesta edição com apoio do governo do Estado. O movimento existe em mais de 80 países ao redor do mundo. E surgiu de um acontecimento trágico: o desabamento da fábrica de roupas Rana Plaza, em Bangladesh, no qual 1,1 mil pessoas morreram, há quatro anos. A partir dessa catástrofe, jornalistas e designers resolveram dar um basta ao lado obscuro da moda e tentam fazer do segmento uma atividade melhor a cada dia, conta Ana.
Um dos destaques do evento foi o quadro “Quem Fez Minha Roupa?”, que tinha como função fazer as pessoas se perguntarem por quais mãos suas vestimentas passaram antes de chegarem às lojas. Com isso, o público tinha que virar a roupa pelo avesso e tirar uma foto, marcando o Instagram da loja em que foi comprada. Algumas lojas marcadas como a Candida Specht e a Elementais deram o feedback solicitado.
Foi uma grande vitória para Ana Fernanda perceber que seu evento havia tomado forma e conseguido trazer mais parceiros, como a loja “Com Amor Dora” e manter os antigos, como a marca baiana Euzaria.
No ano passado, a semana de moda contou apenas com um dia e foi realizado em espaço cedido pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Na versão 2017, com quatro dias – de 26 a 29 de abril – o evento foi divulgado em várias universidades. Satisfeita com o alcance da Fashion Revolution Week Salvador, Ana Fernanda espera que o evento continue a crescer, porém, não visa à popularização como forma de sucesso.
“O importante é as pessoas entenderem o propósito do acontecimento, claro que seria bom ter a visibilidade de um evento grande, mas não queremos perder nossa essência para isso”, explica. Até mesmo a escolha da forma de divulgação faz parte de uma estratégia, diz a jornalista: “Queremos falar com quem não conhece a importância da moda consciente e não com quem já está convencido”, finaliza.
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