| por José Medrado*
Há muito sabemos que o Brasil é o país da impunidade, a certeza de que
os poderosos políticos e os endinheirados não respondem por seus crimes,
ou melhor, respondem em um faz de contas, mas que, efetivamente, nada
acontece, é uma realidade. Não podemos, no entanto, desconsiderar que
está havendo uma mudança dessa situação, pois servidores públicos
cônscios de sua função social têm feito muitos pretensos “donos” do
nosso país temerem estes ventos reestruturantes da aplicação da justiça.
Claro, muito ainda temos que alcançar. Vemos, por exemplo, um medo
enorme de agentes políticos,, lutando pelo tal foro privilegiado, a fim
de não ficarem emaranhados nas mãos de juízes de primeira instância,
acreditando que nos Tribunais Superiores as coisas são mais tranquilas.
Ops! Como assim? Por que seriam, as leis não são as mesmas? Em verdade
sabemos os motivos.
Dito isso, arrisco a dizer que a sociedade brasileira assiste agora uma
mudança. Não é mais a impunidade pura e simples, mas está criando a
cultura do você pode cometer um crime (em verdade já pode, se você
atropela alguém e matar), falo principalmente se for político, pois o
mal feito, o ato criminoso não significa nada que não se possa ajustar, a
depender dos interesses, do poder dos envolvidos. É assim que estamos
vendo no governo federal. Temer cometeu crime, sim, pois ainda que
algum trecho da gravação tenha sido cortado, editado...há um registro
claro que ele estimula a compra de agentes públicos, juiz e procurador.
Não há dúvidas sobre isso.
O deputado Rocha Loures assume que estava com uma mala cheia de
dinheiro de propina, de tal forma que completa valores que faltavam na
devolução da famigerada. E nada acontece. Seus aliados não falam nada,
não pedem coisa alguma....E ele é suplente, está no lugar do substituído
ministro da justiça. O presidente muda ministro, por interesses que
podem não ser ditos...e assim eles vão... Pois é, e poderia elencar por
aqui nomes e mais nomes, de todos os lados e partidos, mas se cria um
movimento de um tal tudo eles podem, se têm poder político, partidário e
dinheiro. E nós aqui na planície vamos, ainda bem e que assim sempre
seja, cumprindo com as nossas obrigações e deveres civis. Povo, povo,
reveja os critérios de seus votos.
* José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal.
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