MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 28 de agosto de 2016

Palco do Amazônia Live será reciclado para virar ecobags do Rock in Rio


Arquiteto contou que intenção foi fazer folha que representasse o mundo.
Estrutura será utilizada para outras produções da marca.

Suelen GonçalvesDo G1 AM
Evento promete plantar pelo menos 1 milhão de árvores na região (Foto: Divulgação/Amazônia Live)Material utilizado em palco flutuante será reciclado (Foto: Divulgação/Amazônia Live)
O palco em forma de folha projetado exclusivamente para o Amazônia Live será desfeito e se transformará em "ecobags" da marca Rock in Rio. Segundo o idealizador do espaço, o arquiteto João Uchôa, o formato de folha surgiu para que a identificação da campanha de reflorestamento fosse imediata e compreendida por qualquer pessoa. O evento foi realizado no sábado (27) e contou com a presença da Orquestra Amazonas Filarmônica, Plácido Domingo, Saulo Laucas, Ivete Sangalo e Andreas Kisser.

Uchôa conta que ao receber a ligação de Roberto Medina falando sobre a campanha e explicando que o palco seria um flutuante para comportar uma orquestra, pesquisou uma imagem de folha flutuando na água e enviou para o empresário. A ideia foi aprovada de imediato e, a partir daí, o desafio era fazer uma folha que representasse a universalidade da campanha.
"Tinha que ser uma folha única, a gente não escolheu uma espécie específica. A gente queria uma folha que representasse o que é a floresta. Então, juntamos 20 espécies vegetais e fizemos vários rabiscos. Chegamos a conclusão que essa era uma folha única e representaria a universalidade do projeto, não é uma folha só da Amazônia, só do Brasil. Ela tinha que criar esse impacto visual e acho que ela conseguiu", disse o arquiteto.
Palco especial contou com apresentações de Ivete Sangalo e do tenor Saulo Laucas (Foto: Divulgação/Amazônia Live)Palco especial contou com apresentações de Ivete Sangalo e do tenor Saulo Laucas (Foto: Divulgação/Amazônia Live)
De acordo com Uchôa, o palco tem 1.500 metros quadrados e pesa seis toneladas. A elaboração da lona durou três meses e a montagem levou 20 dias para ser finalizada.
Todo o material utilizado na produção do palco será reutilizado. A lona foi pintada à mão e produzida no Rio de Janeiro. Depois de desmontada, o material será reciclado e usado na confecção de bolsas e carteiras da marca Rock in Rio. Os ferros da estrutura devem ser reutilizados em outras produções.
Cunho socioambiental
A meta do projeto é plantar pelo menos um milhão de árvores na região das cabeceiras do Xingu. O plantio inicia em outubro de 2016 e terá mais uma etapa em 2017, após o Rock in Rio, segundo informações do gerente de projetos do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), Alexandre Ferrazoli.
“É um grande evento com uma repercussão mundial e o envolvimento de formadores de opinião. Somente para o plantio dessa primeira etapa, estão envolvidos R$ 3 milhões da iniciativa privada. O Rock in Rio Lisboa captou recursos na faixa de 40 mil euros. Vão ter captações até 2017 para mais recursos e plantio de árvores. A meta é chegar em quatro milhões de mudas plantadas até 2020”, disse Ferrazoli.
O trabalho nas cabeceiras do Xingu é coordenado pelo Instituto Sócio Ambiental (ISA) e envolve 15 municípios do Mato Grosso.
Amazônia Live foi realizado em área de reserva  (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)Amazônia Live foi realizado em área de reserva (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)

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