Por Eliezer Santos
Hoffmann lembrou os históricos políticos do ex-presidente Lula e de Dilma, oriundos de classes emergentes da população brasileira, respectivamente como nordestino e mulher de esquerda. “A maioria que está nesta Casa vem de classe abastada”, desabafou.
Segundo ela, a trilha do processo de impeachment está contaminada com “sentimentos machistas”, uma vez que Dilma, “por ser mulher, de frente esquerda e sem marido” não se enquadrada na “pauta midiática de bela, recatada e do lar”. "É mais uma frente do obscurantismo que se forma”, criticou, em referência à descrição feita por parte da imprensa a Marcela Temer, esposa do presidente interino Michel Temer (PMDB).
Hoffmann disse também que a tentativa de impeachment da presidente Dilma ecoa na progressão feminista do país e, de certa forma, quer “mandar a mulher de volta para casa, de preferência para a cozinha”. “Será o maior desastre da história se o interino se tornar efetivo”, completou.
A petista ainda acusou a “grande mídia” de promover “distorção, mentira, trapaça e escravização de opinião”. “A ditadura dos meios de comunicação não vão durar para sempre [...] o povo que provou o gosto de ser sujeito de sua história não vai voltar ao chicote. Por isso, nós somos contra este golpe", defendeu.
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