MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 28 de agosto de 2016

Para chegar ao poder, só há dois caminhos – o das urnas ou o das armas


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Charge sem assinatura, reproduzida do Arquivo Google
Pedro do Coutto
As pesquisas do DataFolha para eleições do Rio e de São Paulo, na reportagem de Thais Hilenky e Ítalo Nogueira, Folha de São Paulo de sexta-feira, praticamente coincidem com as do Ibope, ambas apontando a liderança, hoje, em matéria de intenções de voto, de Marcelo Crivella no Rio e Celso Russomanno na Paulicéia.
As pesquisas destacam que cerca de 20 por cento dos eleitores das duas principais cidades do país, se estivessem agora diante das urnas, anulariam o voto ou votariam em branco.
Este índice é normal no início das campanhas políticas, sabendo-se que em quase todos os pleitos, de 1945 para cá, a taxa de nulos e brancos quase sempre oscilou na escala de 10 por cento. Se o processo mais uma vez se repetir, no decorrer da campanha as taxas de hoje descerão até o nível constante de sempre. Mas esta é outra questão.
REJEIÇÃO – Essencial é considerar-se a presença de uma rejeição clássica que, no passar dos dias, inevitavelmente será substituída pela emoção dos embates. Começam sempre frios, assinalados por uma sensação de desânimo e desconfiança. Terminam esquentados pela emoção, à medida que as disputas vão assumindo o caráter de competições esportivas.
Política é esperança, me disse um dia o ex-presidente Juscelino Kubitschek numa entrevista para o Correio da Manhã, grande jornal que ficou na névoa do passado. A Esperança pode ser acionada por vários motivos, mas estará sempre presente nos embates eleitorais.
Milhares de eleitores e eleitoras queixam-se do nível dos candidatos e da fragilidade de suas promessas e dos compromissos que assumem. Têm razão. Porém, devemos levar em conta que alguns terão de administrar o país, os estados, os municípios.
DOIS CAMINHOS – Alguém terá de exercer o poder e preencher os postos legislativos. Para isso, só existem dois caminhos: o do voto ou o das armas. Vamos optar pelo primeiro, que é, no frigir dos ovos, democrático. Portanto, na minha opinião, de nada vale anular o sufrágio ou votar em branco. Tal atitude contribui para manter nos postos exatamente aqueles que a opinião pública deseja substituir. Porque os eleitores deles não anulam e tampouco votam em branco.
Voto nulo ou em branco só causam como reflexo, nas disputas proporcionais, a diminuição dos quocientes eleitorais. Pois o número de cadeiras permanece o mesmo. Para os cargos majoritários, representam omissão em torno do que se pretende seja um futuro melhor do que o presente.
SEM DOAÇÕES – No pleito deste ano, inclusive, a disposição do eleitorado pesa mais do pesou em 2014, por exemplo. Simplesmente porque a legislação atual proíbe as doações financeiras por parte de empresas, o que significava uma fortíssima fonte de corrupção, já que ninguém se dispõe a meter a mão no bolso sem perspectiva de recompensa material, geralmente muitas vezes maior do que a doação original.
O voto, assim, ganha mais legitimidade em sua essência. Problemas vão continar acontecendo, porém, neste ano, em escala mil vezes menor. Haverá candidatos despreparados, mas a cabe a todos nós, donos de nossos votos, saber escolher os melhores. Pelo menos este rumo se encontra ao nosso alcance. Ou seja, escolher o caminho do voto ou o rumo da desesperança só depende de nós
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