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Polícia Militar de Mato Grosso localizou o procurado Leonid El Kadre de
Melo, de 32 anos, na cidade de Comodoro, a 656 km de Cuiabá, no Mato
Grosso. Melo era o último suspeito foragido investigado na Operação
Hashtag da Polícia Federal. Ele será ouvido e posteriormente encaminhado
a um presídio federal. Os horários e locais não foram divulgados por
questões de segurança. Melo, que foi descrito como um dos suspeitos mais
engajados nas discussões sobre atentados, tem passagem pela polícia e
já esteve preso por homicídio qualificado. Ex-integrante de uma
quadrilha de assaltantes, ele foi acusado de matar um comparsa depois de
desavenças durante a divisão dos produtos de um roubo. A Divisão
Antiterrorismo da Polícia Federal monitorou mensagens trocadas pelos
brasileiros em redes sociais, especialmente via Telegram e Whatsapp, e
detectou conversas em que eles demonstravam apoio aos últimos atentados
do Estado Islâmico e faziam referências a uma tentativa de compra de uma
arma no Paraguai. Um dos investigados entrou em contato, por e-mail,
com um fornecedor de armas clandestinas naquele país, solicitando a
compra de um fuzil AK-47. A PF não sabe se o grupo tinha apoio
financeiro externo. Nas conversas monitoradas com autorização judicial,
os suspeitos, também discutiam táticas de guerrilha e propagavam
intolerância racial, de gênero e religiosa. Pelo menos um menor de idade
participava das conversas, e dois dos brasileiros investigados já
haviam sido condenados por homicídio. As prisões e buscas na Operação
Hashtag foram realizadas no Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do
Sul. Uma ONG com atuação na área humanitária também é investigada por
evidências de que fez palestras que incitavam o público a favor do
Estado Islâmico. O presidente da instituição foi levado coercitivamente
para prestar esclarecimentos. O recrutamento do grupo preso na última
quinta-feira foi feito via internet, prática habitual do Estado
Islâmico. Não houve contato direto do grupo de brasileiros com
terroristas do grupo, embora um deles tenha informado nas mensagens
trocadas que estaria disposto a viajar ao exterior para se encontrar com
líderes extremistas. (Veja)
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