O juiz deu voz de prisão a funcionários da TAM por chegar atrasado e ser barrado para embarque em um voo |
O juiz Marcelo Testa Baldochi, do Maranhão, foi afastado do cargo pelo
CNJ (Conselho Nacional de Justiça) sob a acusação de comportamento
arbitrário e abuso de poder. O magistrado deu voz de prisão a dois
funcionários da TAM depois de não conseguir embarcar em um voo que saía
de Imperatriz para São Paulo.
O check-in já havia se encerrado quando ele chegou ao aeroporto.
Baldochi responderá por três PADs (Procedimentos Administrativos
Disciplinares), abertos pela ministra Nancy Andrighi, corregedora
nacional de Justiça, e aprovados pelo CNJ no Plenário Virtual. Antes, os
procedimentos disciplinares tramitavam na Corregedoria-Geral de Justiça
do Tribunal de Justiça do Maranhão. A primeira ação é referente a
dezembro de 2014, quando o magistrado deu voz de prisão a dois
funcionários da TAM.
Ele chegou atrasado ao aeroporto e o avião em que ele embarcaria já
estava em procedimento para decolar. Os funcionários da companhia aérea
foram presos em flagrante e levados por policiais militares para a
delegacia. O segundo pedido de abertura de PAD é pela acusação de o juiz
ter cometido apropriação indébita de um lote de cabeças de gado,
estimado em R$ 84 mil, na cidade de Pinheiro (MA). Segundo o CNJ,
Baldochi teria dado voz de prisão ao motorista Jairo Pereira Moura, que
transportava os bois para revenda. O juiz teria alegado que o gado era
seu e os animais foram levados, às pressas, para serem abatidos em uma
fazenda da região. Em seguida, a carne teria sido colocada à venda. O
pecuarista que compraria parte do gado testemunhou contra o juiz e
alegou prejuízo de R$ 27,5 mil. *Com informações do Uol
VERDINHO DE ITABUNA
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