Não se trata de metrô, obra de mobilidade ou qualquer outra coisa. A Rio
2016 vai custar, ao todo, cerca de R$ 40 bilhões numa cidade que é um
caos em saúde e em segurança, mas que está preocupada com mobilidade
urbana em primeiro lugar, além de um upgrade cosmético no seu visual.
Somente a parte de competições está orçada em R$ 7 bilhões e o seu
legado será o abandono como foram as obras do Pan e como está ocorrendo
com a maioria dos estádios da Copa. Quando o fogo político for apagado
no dia 19 de setembro, com o fim dos Jogos Paraolímpicos, o que será
feito com o complexo de competições? Não há gente contratada para
gerenciar. Não há rubrica orçamentária para preservar um patrimônio que
custará milhões para ser mantido em condições de uso. O Rio é uma cidade
olímpica dirigida por políticos cínicos. Olhem o orçamento de 2016 da
Cidade Olímpica e vejam quanto existe para a manutenção do tal "legado"
esportivo. Vão lhe responder com PPPs e parcerias privadas. Sonhos. Não
existe nenhuma neste porte no Brasil. Quem vai querer um velódromo?
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