MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Aeronautas e Aeroviários decidem paralisação nacional nesta sexta-feira


Se avanço na rodada de negociação da Campanha Salarial dos aeronautas e aeroviários, os pilotos, co-pilotos, comissários e os aeroviários de Guarulhos, Porto Alegre, Recife, Campinas e nas bases do Sindicato Nacional dos Aeroviários realizarão assembleias nesta sexta-feira (29) para colocar a proposta dos patrões em pauta e deliberar sobre a possibilidade de uma paralisação nacional conjunta nos principais aeroportos do País já no início de fevereiro.
Na negociação, realizada nesta quarta-feira (27) na sede da entidade patronal, em São Paulo, os trabalhadores foram representados pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (FENTAC/CUT), com o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA). A rodada acata uma determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A data-base das categorias venceu em 1º de dezembro de 2015. Cerca de 70 mil trabalhadores da aviação civil regular estão em Campanha na base da Fentac.
Negociação entre a Fentac/CUT e as empresas aéreas terminou sem avanço
Negociação entre a Fentac/CUT e as empresas aéreas terminou sem avanço
Mais uma vez, o SNEA, que representa as companhias Tam, Gol, Avianca e Azul, manteve a proposta de reajuste fatiada por faixas salariais, que é considerada ruim pelos trabalhadores, que apontam perdas salariais ao longo do período da aplicação dos reajustes.
A proposta das empresas prevê para os que ganham até R$ 1,500 (atinge 45% dos aeroviários das empresas): 5,5% em fevereiro e 5,5% em junho; para os salários e pisos de R$ 1.500 a R$ 10.000,00: 3% em fevereiro, 2% em junho e  6% em novembro, sendo que o reajuste seria aplicado sobre o salário de novembro.
Já para os salários acima de R$ 10.000: R$ 300 em fevereiro, R$ 200 em junho e R$ 600 em novembro, sem aplicação de teto para os aeronautas. Esta proposta incluiria a criação de um piso mínimo para creche para os aeroviários e um possível um aumento no Passe Livre para os aeronautas, de cinco para sete vezes. Em relação aos benefícios (vales-refeição, alimentação, diárias nacionais e seguro), o reajuste proposto pelas empresas seria de 11% retroativo à data-base, que seria pago em fevereiro.
A Fentac/CUT e os sindicatos dos aeroviários de Campinas, Guarulhos, Porto Alegre, Recife e das bases dos Sindicatos Nacional dos Aeroviários e Aeronautas rejeitaram a proposta das empresas, alegando que além de ela não ser retroativa à data-base, ainda deve acarretar "perdas salariais drásticas". A proposta também foi reprovado em assembleias dos trabalhadores no dia 25 janeiro.
De acordo com levantamento feito pelo técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da Fentac, Mahatma Ramos, os trabalhadores em solo (aeroviários) que recebem de R$ 1,053 a R$ 1,500 seriam os mais prejudicados. “Como recebem salários baixos, eles teriam uma perda salarial de 47,89%. Essa proposta fatiada materializa uma política de precarização da mão de obra e uma gestão de rebaixamento de salários”, diz o estudo.
O presidente da Fentac, Sérgio Dias, reforçou que os aeronautas e aeroviários reivindicam a proposta de reajuste salarial de 11% retroativa à data-base, que fará a recomposição das perdas inflacionárias nos salários. "Reconhecemos o esforço das empresas que saíram do reajuste zero e chegaram aos 11%, mas esse formato de parcelamento por faixas salariais é prejudicial. Lamentamos que as empresas só priorizam seus investimentos e não valorizam os aeronautas e aeroviários que são responsáveis pelo ótimo desempenho do setor.”
* Com Fentac

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