Trabalhadores já estavam com os contratos suspensos desde agosto.
'Layoff' chega ao fim neste domingo (31); cartas já foram encaminhadas.
Do total de operários em layoff, 45 devem retornar
às atividades (Foto: Daniel Corrá/G1)
A General Motors confirmou a demissão de 517 funcionários da unidade de
São José dos Campos (SP) neste sábado (30). Os trabalhadores já estavam
com os contratos de trabalho suspensos (layoff) desde agosto. O término
do vínculo com montadora acontece neste domingo (31).às atividades (Foto: Daniel Corrá/G1)
Ao todo, 798 trabalhadores foram afastados das atividades no ano passado, após a GM anunciar a demissão do grupo. A empresa recuou duas semanas depois, ao realizar acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos na Justiça do Trabalho (TRT), que estabeleceu o ‘layoff’ sem estabilidade aos funcionários, adiando as demissões.
Do total de trabalhadores com contratos suspensos, 45 devem retornar aos postos de trabalho e outros 68 entraram com pedido de afastamento. Segundo a montadora, eles também devem ser demitidos ao fim das licenças.
Os demais profissionais já haviam se desligado da empresa, por adesão ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) ou por novas oportunidades no mercado.Segundo a montadora, as cartas informando as demissões já foram encaminhadas aos funcionários da fábrica.
O Sindicato dos Metalúrgicos informou que é contra as demissões e que estima um número maior de pessoas que deveriam voltar para a fábrica. O sindicato ainda informou que vai tentar agendar uma reunião com a GM e está convocando todos os trabalhadores do lay-off para uma assembleia nesta quinta-feira (4).
Além do layoff antes das dispensas, o acordo na Justiça do Trabalho previa o pagamento adicional de quatro salários a cada funcionário ao final do prazo. Em 2015, a empresa havia afirmado em comunicado que já havia esgotado todas as possibilidades e que o complexo de São José não estava competitivo.
A General Motors tem cerca de 5 mil funcionários na cidade e produz os modelos Trailblazer e S10. A fábrica chegou a ter oito mil funcionários, mas nos últimos anos vêm reduzindo seu quadro de funcionários na cidade.
Paralisação
Na segunda-feira (26), os trabalhadores encerraram uma greve que já durava uma semana por causa de um impasse no valor da segunda parcela de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O fim da greve foi votado em assembleia após sindicato e montadora chegarem a um acordo para o pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O valor definido foi de R$ 5,6 mil.
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