MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 3 de janeiro de 2016

Aumento para os militares é nominal ou real? Ou é uma redução?


Charge de Alecrim (reprodução da internet)
Pedro do Coutto 
A Folha de São Paulo publica na edição de 1º de janeiro que, na véspera, a presidente Dilma Rousseff enviou mensagem ao Congresso Nacional propondo um aumento salarial de 28% aos militares do Exército, Marinha e Aeronáutica. O reajuste seria escalonado da seguinte maneira: 5,5 em 2016; 6,5 em 2017; 6,7 em 2018 e 6,2 em 2019. A pergunta que está no título tem como objetivo esclarecer a questão, pois é preciso distinguir entre majoração nominal e aumento real. Isso porque tem que considerar sempre a taxa inflacionária, uma vez que as reposições anuais são para recompô-las.
Assim, um acréscimo de 5,5% em 2016, se não for acrescido da inflação de 10%, representará de fato uma diminuição nos vencimentos. Mas se for além da taxa inflacionária, aí sim, tornar-se-á um acréscimo real. O problema é simples, basta comparar os índices aplicados na Selic e nos juros bancários em geral. A Selic, por exemplo, que rege a rolagem da dívida interna do país, está em 14,25% nominais e na escala de 4,25% reais, extirpada a inflação de 10%.
Os juros de financiamento da casa própria pela Caixa Econômica Federal foram recentemente revisados para 9% ao ano. Porém, estes 9% não incluem o índice de correção monetária. Portanto a taxa real é de 19%. É indispensável separar os fatores, pois se não separarmos não chegaremos a um resultado efetivo.
BALANÇA COMERCIAL           
Por falar em resultado efetivo, vejam só o caso da balança comercial brasileira. O Estado de São Paulo, no editorial econômico da edição de 31 de dezembro, separa bem os fatos e os fatores. Houve uma redução das importações, que caíram de 227 bilhões de dólares, no resultado de 2014, para 170 bilhões de dólares desfecho provável de 2015. Enquanto isso, as exortações brasileiras, no mesmo período, recuaram de 223 bilhões de dólares para 188 bilhões de dólares.
O panorama pode parecer à primeira vista um dado positivo em relação às importações. Mas não é assim. Não só porque as exportações também reduziram seu montante e no conjunto dos dois movimentos surge a retração de 3,5% do PIB do país. Há o efeito do dólar, poder-se-á dizer que a balança comercial foi atingida pela valorização do dólar em relação ao real, de 49% de janeiro a dezembro. Mas esta explicação pode ser aceita quanto às importações que encareceram. Mas também encareceram a nosso favor as exportações e elas igualmente decresceram. Na síntese desvenda-se o processo de estagnação econômica e produtiva brasileira este ano. Vamos esperar um panorama melhor para o ano que está alvorecendo.
APROXIMAÇÃO DE CUNHA E TEMER
Reportagem de Daniela Lima, Folha de São Paulo de sábado, 2, destaca a aproximação de Michel Temer e Eduardo Cunha no plano político do país, frisando que ela ocorre apesar dos estilos diferentes que os dois apresentam no universo político. A matéria, sem dúvida, vai repercutir intensamente nos bastidores de Brasília, contribuindo para afastar de cena a figura do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Basta assinalar que o Procurador Geral da República Rodrigo Janot recorreu ao Supremo Tribunal Federal para que Eduardo Cunha seja afastado da presidência da Câmara dos Deputados. A resposta virá depois do recesso, porém somente a colocação do tema desestabiliza ainda mais tanto a posição de Cunha quanto a articulação do vice Michel Temer.
SEXUALIDADE FEMININA
Foi uma entrevista muito importante, concedida pela psiquiatra Carmita Abdo ao jornalista Roberto D’Avila no final da tarde de 31, sobre sexualidade, principalmente a sexualidade feminina. Vale a pena assisti-la, trata-se de um depoimento especializado muito importante. Para isso deve se clicar o site GloboNews replay.

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